TRIBUNAL DO JÚRI

CASO DO CAMARO: Motorista de Sapiranga é condenado por atropelamento que matou uma pessoa e feriu três em SC

Caso aconteceu na madrugada Revéillon de 2017 na Praia dos Ingleses; uma das vítimas sobreviventes perdeu as pernas

Publicado em: 18/07/2023 18:51
Última atualização: 17/10/2023 15:46

O que seria apenas mais um réveillon virou tragédia na passagem de 2016 para 2017 na Praia dos Ingleses, em Florianópolis, Santa Catarina. O Camaro dirigido pelo empresário de Sapiranga Jeferson Rodrigo de Souza, se envolveu em uma colisão com Audi na SC-403. Uma Hilux que estava estacionada foi atingida pelo veículo desgovernado do acusado, assim como três ocupantes que recém haviam decido da camionete. Uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas.


Camaro foi abandonado no local do acidente Foto: Jornal Conexão Comunidade/Divulgação

Na quinta-feira (13), seis anos após o fato, a tragédia teve um desfecho. O gaúcho acusado de três tentativas de homicídio doloso, um homicídio culposo e omissão de socorro, já que fugiu sem prestar ajuda as vítimas, foi julgamento no Tribunal do Júri. A gaúcha de Passo Fundo Cristiane Flores, de 31 anos, morreu e o marido dela, Nilandres Lodi, também foi atropelado e teve as pernas amputadas. Outra vítima do atropelamento, Gean Mattos, na época com 22 anos, sofreu traumatismo craniano e a passageira do veículo, Shaiane Sottele Keite, atingido pelo Camaro sofreu ferimentos com a batida.

Souza foi condenado a cinco anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto e sete meses e 10 dias no aberto. O empresário poderá recorrer da decisão em liberdade.


Jeferson Rodrigo de Souza Bueno foi condenado pela Justiça Foto: Reprodução/Facebook

Na audiência, o réu alegou que o motorista do Audi invadiu a pista que ele trafegava, causando a invasão do seu Camaro na calçada e o atropelamento das vítimas. No entanto, conforme o processo, o veículo dirigido pelo empresário gaúcho teria alcançado a velocidade entre 80 e 93 km/h.

“Entendo o ódio que eles sentem, eu teria feito pior. Mas estão depositando na pessoa errada”, disse o gaúcho em seu depoimento.

Segundo as investigações da época, após o acidente Souza abandonou o local e fugiu para o Rio Grande do Sul, onde ficou por meses foragido. Já o motorista do Audi ficou na cena do acidente e chegou a ser agredido por populares. Ele não foi denunciado pelo Ministério Público catarinense, que não o identificou como autor do acidente. 

*Com informações do portal de notícias ND+. 

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