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"CÃO RAIVOSO": Moradores de Novo Hamburgo relatam ataques de cachorro abandonado na rua

Para evitar os ataques, o animal foi preso em um terreno baldio, mas escapa. Desde o ano passado, a vizinhança pede para que a Prefeitura recolha o animal; entenda o caso

Ubiratan Júnior
Publicado em: 20/07/2023 às 19h:02 Última atualização: 17/10/2023 às 16h:04
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Desde o começo do ano passado, um cachorro vira-lata tem gerado preocupação aos moradores do bairro Guarani, em Novo Hamburgo. O animal é descrito como bravo e violento, e segundo relatos, já mordeu pessoas que moram ou passam nas imediações da Rua São Carlos e da Rua Espinilho. Motociclistas que usam aquele trecho também são alvos. 

Para evitar os ataques, o animal foi preso em um terreno baldio, mas escapa | Jornal NH



Para evitar os ataques, o animal foi preso em um terreno baldio, mas escapa

Foto: Edson Viana/Especial

O bombeiro militar da reserva Edson Viana, de 56 anos, conta que o ataque mais recente foi na tarde desta quinta-feira (20). Uma idosa teria sido a vítima. “O motoqueiro que faz entrega para a farmácia aqui, correu com um pau e afastou ele. Acompanhou a senhora até a outra quadra”, relata o morador da rua onde o cachorro vive. Não há informações sobre o estado de saúde ou se o ataque causou lesões à mulher. O caso gerou nova discussão entre os vizinhos, que não aguentam mais a situação. 

Viana relata que ainda no ano passado, logo que o animal apareceu, vizinhos se uniram para alimentá-lo e dar água. Ele foi apelidado de “Negão”. Mesmo que o cão oferecesse riscos. “Atacou uma cachorrinha, abrindo a barriga dela e pelo que me foi relatado tiveram que fazer eutanásia”, comenta. 

Com a série de ataques e com medo de que “Negão” pudesse ferir mais pessoas ou outros animais, um vizinho de Viana prendeu ele em um terreno baldio. Porém, o local estava em condições precárias. “Nós (Viana e sua família) e um outro vizinho colocamos uma casinha, colocamos um vai-e-vem para que ele pudesse ficar melhor instalado”, salienta o sargento da reserva. Mas, constantemente, o cachorro se solta e causa transtornos para quem passa pelo local. “Já arrebentou corrente, cabo de aço, coleiras. Ele é forte”, afirma. 

Desde o ano passado, moradores daquela rua procuram por ajuda da Prefeitura para que “Negão” seja resgatado. Foram encaminhados para buscar ajuda com a Secretaria do Meio Ambiente e para o Canil Municipal. “Disseram que nada poderia ser feito. O Canil até chegou a buscar ele, castraram e após uns dias trouxeram de volta pra cá”, lembra Viana. 

Em nota, a Prefeitura disse que o Município não dispõe de abrigo permanente. “A Diretoria de Bem-Estar Animal do Município informa que o cão foi atendido por duas veterinárias, que atestaram que ele não era bravo e logo foi devolvido ao local de origem”, diz trecho do documento. 

A Prefeitura orienta para que pessoas atacadas pelo cachorro, abram um protocolo incluindo fotos das lesões (se houver), dia e horário do fato. Também é possível relatar ao Canil através do telefone (51) 99683-2117 informando o número do protocolo. 

“Não temos como ficar com ele nessa situação, pois é um cão que deve ter sofrido maus-tratos e ficou muito violento. Se ele se solta, como já aconteceu, e ataca uma pessoa ou uma criança, ele mata”, afirma Viana. 

“O que estamos solicitando é um lugar que ele possa estar preso, em segurança, que seja bem tratado e que as pessoas aqui também estejam em segurança. Temos medo que alguém acabe matando ou ferindo ele”, finaliza o morador do bairro Guarani. 

Confira a nota da Prefeitura na íntegra

O Município de Novo Hamburgo não dispõe de abrigo permanente. A Diretoria de Bem-Estar Animal do Município informa que o cão foi atendido por duas veterinárias, que atestaram que ele não era bravo e logo foi devolvido ao local de origem. A orientação é a pessoa que foi atacada abrir protocolo na Prefeitura, incluindo fotos das lesões (se houver), dia e horário em que o ataque aconteceu. A equipe da diretoria vai ao local verificar a situação novamente. Se preferir, também pode ligar para o canil pelo telefone 99683-2117 informando o número do protocolo.

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