CANELA: Policiais são ameaçados e sete são presos em operação com 12 mandados de busca

 O final de semana começou com uma grande operação policial na Serra gaúcha. A Polícia Civil e a Brigada Militar de Canela realizaram, na manhã deste sábado (19), sete prisões e cumpriram 12 mandados de busca em casas de investigados e familiares. Ao todo, cerca de 80 policiais civis e militares participaram da ação, que tem com como objetivo combater grupos de narcotráfico, que vinham, inclusive, ameaçando os servidores da segurança pública da região.

O delegado Vladimir Medeiros, titular da Delegacia de Polícia de Canela e responsável pelas investigações, conta que foram noticiadas ocorrências de ameaças a policiais militares da ativa e da reserva nas últimas horas na cidade. A ação dos criminosos pretendia intimidar os servidores, sobretudo no combate ao tráfico de drogas em Canela. 

"As forças de segurança não irão tolerar qualquer tipo de ameaça ou intimidação a policiais na cidade, destacando o pronto e firme atendimento dos pedidos policiais pelo Ministério Público e Poder Judiciário (2ª Vara)", comunicou o delegado.

A operação conjunta realizada cumpriu seis prisões preventivas e uma em flagrante por tráfico de drogas. Foram apreendidas drogas, dinheiro e objetos ilícitos. Os investigados possuem vasta ficha de antecedentes policiais, sendo que alguns estavam em liberdade provisória ou prisão domiciliar pela prática de crimes recentes, especialmente ligados ao tráfico de drogas.

O capitão Ubirajara Dill, comandante da Brigada Militar em Canela, reitera que a Operação Pulso forte vem dar uma resposta efetiva dos órgãos de segurança no combate à criminalidade.

"Com uma frente policial envolvendo a integração de duas forças (Brigada Militar e Polícia Civil), ambas de Canela, com o apoio de efetivo da Polícia Civil da região e de efetivo da Força Tática e da seção de inteligência do 1º Bpat de Gramado, e de Policiais da Brigada Militar de São Francisco de Paula, foi possível termos resultados que de maneira fracionada não seria possível", disse.

"A operação em um primeiro lugar visou dar uma resposta a ameaças que policiais militares foram vítimas, com o intuito primeiro para demonstrar que sempre estivemos fortes e não iremos tolerar qualquer tipo de desmandos, sejam eles contra a comunidade ou contra qualquer servidor da área da segurança. Mas também fizemos frente ao crime qualificado, nas ações de prevenção e repressão a criminalidade e a contínua baixa dos índices criminais, com ênfase ao homicídio, roubo e tráfico de drogas. Mas o principal objetivo é a resposta em conjunta dada pelos órgãos de segurança, através do Judiciário, MP, Policia Civil e Brigada Militar. É possível unirmos forças em prol de um objetivo único. Quando nos unimos, somos mais fortes", finaliza o comandante da Brigada.

As equipes policiais permanecem na rua e outros mandados de investigados que tiveram suas prisões decretadas serão cumpridas.