INVESTIGAÇÃO

CANELA: "Há maus-tratos, isso é irrefutável", diz delegado sobre caso do pai que agrediu filho com paralisia cerebral

Polícia Civil deve concluir inquérito até o final desta semana; duas testemunhas prestaram depoimento

Publicado em: 25/07/2023 14:42
Última atualização: 18/10/2023 15:04

A Polícia Civil deve concluir ainda nesta semana o inquérito sobre o pai suspeito de maltratar o filho, de 6 anos, com paralisia cerebral. O caso aconteceu em Canela, na noite do sábado (22).

Homem preso por maus-tratos ao filho com paralisia cerebral disse que "ficou nervoso" após discussão por ciúme Foto: Reprodução/Internet
Desde a madrugada do domingo (23), quando tomou conhecimento dos fatos, o delegado Ivanir Caliari está atuando nas investigações.

“A gente deve fechar o procedimento com base nas imagens para imputar a responsabilização penal. A gente verificou que, com certeza, há maus-tratos contra o menino, isso é irrefutável. E constrangimento à criança e ao adolescente, que a legislação prevê, em relação à filha”, destaca.

Vídeos registraram a situação de violência que a criança foi submetida. A mãe e a irmã gêmea dele, que não tem deficiência, também presenciaram o episódio de fúria.

A mulher foi ouvida na tarde da segunda-feira (24) e negou outras condutas agressivas do marido. Em depoimento, o suspeito alegou ter ficado nervoso e agressivo por causa de uma discussão por ciúme da esposa.

Na manhã desta terça-feira (25), duas testemunhas foram ouvidas pela Polícia Civil. A primeira foi o vizinho que fez um vídeo onde mostra a porta do apartamento do casal. No áudio do vídeo, é possível ouvir a discussão.

À Polícia, o homem disse que, até a noite do sábado, escutava “somente ruídos de crianças brincando, acreditando se tratar de uma família feliz”. A testemunha contou que decidiu fazer a gravação depois de começou a briga, que durou cerca de cinco minutos. Ele frisou que somente depois teve acesso às imagens da garagem do prédio.

A síndica do residencial também foi identificada e conversou com a polícia. Ela afirmou que a família estava morando no local há cerca de três semanas e que, antes daquela situação, não tinha percebido qualquer indício de discussão ou violência.

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