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BR-116: O que pode ter causado acidente no "trecho da morte" onde empresário perdeu a vida? Veja o que diz a Polícia

Colisão entre carro e caminhão que causou a morte de Juliano Gilberto Lauffer, de 52 anos, nesta segunda-feira (7) em Estância Velha é investigada na delegacia da cidade

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 09/08/2023 às 17h:09 Última atualização: 17/10/2023 às 18h:21
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O acidente de trânsito que causou a morte do empresário Juliano Gilberto Lauffer, de 52 anos, conhecido como Toco, é investigado pela Polícia Civil. O carro em que ele estava bateu de frente com um caminhão na tarde da última segunda-feira (7) no quilômetro 233 da BR-116, em Estância Velha. O local faz parte do “trecho da morte”, onde 11 pessoas já perderam a vida neste ano.

Motorista do carro morreu após colidir frontalmente com caminhão que descia a Serra na BR-116 | Jornal NH



Motorista do carro morreu após colidir frontalmente com caminhão que descia a Serra na BR-116

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Segundo o delegado Rafael Sauthier, titular da Delegacia de Polícia da cidade, já foram ouvidos o motorista do caminhão envolvido no acidente e o condutor de um veículo que vinha atrás do caminhão e testemunhou a colisão. 

O homem de 65 anos, natural de Santa Maria do Herval, que conduzia o caminhão de uma madeireira, com placas de Dois Irmãos, relatou à Polícia que trafegava na rodovia, no sentido interior-capital, a cerca de 55 km/h, quando foi surpreendido pelo carro que seguia no sentido contrário. 

O delegado conta que, conforme o depoimento, a vítima teria invadido a pista contrária de forma inesperada e deixado o motorista do caminhão sem tempo para reação. “A pista onde estava a vítima (e deveria estar) estava livre… sem explicação para a vítima ter mudado de pista”, diz.

Quanto a suspeita do que pode ter ocasionado a colisão, Sauthier não descarta a hipótese de que a vítima “talvez estivesse mexendo no celular”. Em relação a possibilidade de ter sido um suicídio, o delegado diz que não há “nenhuma suspeita”. Questionado pela reportagem sobre se há chance de o motorista ter tido um mal súbito enquanto dirigia, o responsável pela investigação não respondeu.

O carro em que estava Juliano, um Volkswagem Polo, com placas de Novo Hamburgo, era da empresa CL Assessoria Empresarial, que tem endereço no bairro Canudos e pertence à família dele. O veículo já foi periciado, mas o laudo ainda é aguardado.

Ainda não há previsão para a conclusão do inquérito policial sobre o caso.

O acidente

Por volta das 14h40, enquanto subia a rodovia no sentido a Ivoti, o Polo invadiu a pista contrária e bateu de frente com um caminhão que descia a Serra. Juliano morreu no local.

Carro, emplacado em Novo Hamburgo, era da empresa CL Assessoria Empresarial | Jornal NH



Carro, emplacado em Novo Hamburgo, era da empresa CL Assessoria Empresarial

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

O motorista do caminhão não ficou ferido. Ele fez teste do bafômetro no local, que teve resultado negativo, e foi liberado.

O choque aconteceu quase na frente da casa noturna Amnésia Club, onde uma câmera de segurança gravou o momento da batida.

Natural de Sapiranga, Juliano era empresário e atualmente morava em Novo Hamburgo. Durante mais de uma década, ele atuou na diretoria do Grupo Paquetá, empresa com sede em Sapiranga. Conforme o perfil profissional que mantinha em uma rede social, Lauffer também já havia tido uma empresa de representações de couro para calçados com atuação em diversos países.

Juliano Gilberto Lauffer | Jornal NH



Juliano Gilberto Lauffer

Foto: Divulgação

“Trecho da morte”

Esse é o 11º óbito deste ano no trecho da rodovia que fica entre os quilômetro 227, em Dois Irmãos, e 235, em Novo Hamburgo.

Até então, o último acidente de trânsito com morte no local havia sido registrado no dia 22 de julho, 16 dias antes, no mesmo quilômetro. Na ocasião, o motociclista Cristofer Rafael Marques da Silva, de 28 anos, morreu depois de colidir contra um carro.

*Colaborou: Laura Rolim

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