O acidente de trânsito que causou a morte do empresário Juliano Gilberto Lauffer, de 52 anos, conhecido como Toco, é investigado pela Polícia Civil. O carro em que ele estava bateu de frente com um caminhão na tarde da última segunda-feira (7) no quilômetro 233 da BR-116, em Estância Velha. O local faz parte do “trecho da morte”, onde 11 pessoas já perderam a vida neste ano.
Segundo o delegado Rafael Sauthier, titular da Delegacia de Polícia da cidade, já foram ouvidos o motorista do caminhão envolvido no acidente e o condutor de um veículo que vinha atrás do caminhão e testemunhou a colisão.
O homem de 65 anos, natural de Santa Maria do Herval, que conduzia o caminhão de uma madeireira, com placas de Dois Irmãos, relatou à Polícia que trafegava na rodovia, no sentido interior-capital, a cerca de 55 km/h, quando foi surpreendido pelo carro que seguia no sentido contrário.
O delegado conta que, conforme o depoimento, a vítima teria invadido a pista contrária de forma inesperada e deixado o motorista do caminhão sem tempo para reação. “A pista onde estava a vítima (e deveria estar) estava livre… sem explicação para a vítima ter mudado de pista”, diz.
Quanto a suspeita do que pode ter ocasionado a colisão, Sauthier não descarta a hipótese de que a vítima “talvez estivesse mexendo no celular”. Em relação a possibilidade de ter sido um suicídio, o delegado diz que não há “nenhuma suspeita”. Questionado pela reportagem sobre se há chance de o motorista ter tido um mal súbito enquanto dirigia, o responsável pela investigação não respondeu.
O carro em que estava Juliano, um Volkswagem Polo, com placas de Novo Hamburgo, era da empresa CL Assessoria Empresarial, que tem endereço no bairro Canudos e pertence à família dele. O veículo já foi periciado, mas o laudo ainda é aguardado.
Ainda não há previsão para a conclusão do inquérito policial sobre o caso.
O acidente
Por volta das 14h40, enquanto subia a rodovia no sentido a Ivoti, o Polo invadiu a pista contrária e bateu de frente com um caminhão que descia a Serra. Juliano morreu no local.
- O que mais precisa acontecer no trecho da morte da BR-116?
- Mortes na BR-116: Imprudência amplia risco de acidentes fatais; veja flagrantes
O motorista do caminhão não ficou ferido. Ele fez teste do bafômetro no local, que teve resultado negativo, e foi liberado.
O choque aconteceu quase na frente da casa noturna Amnésia Club, onde uma câmera de segurança gravou o momento da batida.
VÍDEO: Imagens mostram batida entre carro e caminhão que matou empresário no “trecho da morte” da BR-116
Vítima, de 52 anos, morava atualmente em Novo Hamburgo e, durante mais de uma década, atuou na diretoria do Grupo Paquetá.
LEIA TAMBÉM
Saiba mais: https://t.co/MbUhZFIub6 pic.twitter.com/bVJ0tfoFoW
— Jornal NH (@jornalnh) August 8, 2023
Natural de Sapiranga, Juliano era empresário e atualmente morava em Novo Hamburgo. Durante mais de uma década, ele atuou na diretoria do Grupo Paquetá, empresa com sede em Sapiranga. Conforme o perfil profissional que mantinha em uma rede social, Lauffer também já havia tido uma empresa de representações de couro para calçados com atuação em diversos países.
“Trecho da morte”
Esse é o 11º óbito deste ano no trecho da rodovia que fica entre os quilômetro 227, em Dois Irmãos, e 235, em Novo Hamburgo.
Até então, o último acidente de trânsito com morte no local havia sido registrado no dia 22 de julho, 16 dias antes, no mesmo quilômetro. Na ocasião, o motociclista Cristofer Rafael Marques da Silva, de 28 anos, morreu depois de colidir contra um carro.
*Colaborou: Laura Rolim