Lideranças da região iniciaram nesta segunda-feira (14) um movimento de cobrança junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) por soluções para o chamado “trecho da morte” da BR-116, entre Novo Hamburgo e Dois Irmãos. De fevereiro até agora, 11 pessoas morreram em acidentes em menos de dez quilômetros. Neste domingo (13), colisão frontal deixou cinco pessoas feridas próximo ao acesso a Ivoti.
O encontro de prefeitos e deputados com o superintendente do Dnit no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva, foi na sede do órgão, em Porto Alegre. As lideranças da região pedem a duplicação do trecho entre os quilômetros 235 (bairro Roselândia, em Novo Hamburgo) e 227 (Dois Irmãos). Atualmente a rodovia é duplicada desde o aeroporto de Porto Alegre até o viaduto do entroncamento com a RS-239, entre Novo Hamburgo e Estância Velha.
O prefeito de Estância e presidente da Associação dos Municípios do Vale Germânico (Amvag), Diego Francisco (PSDB), entregou ao superintendente um ofício pedindo que a duplicação do “trecho da morte” seja incluída na Lei Orçamentária Anual (LOA) da União. No entanto, Francisco e as demais autoridades reconhecem que trata-se de um projeto grande e de execução demorada.
Por conta disso, a comitiva da região entregou ao engenheiro Hiratan Pinheiro da Silva uma série de pedidos emergenciais para reforçar a segurança na BR-116. A lista inclui iluminação na rodovia; melhoria na sinalização; construção de uma passarela entre os bairros Roselândia (Novo Hamburgo) e Rincão Gaúcho (Estância); construção de um acesso aos dois bairros; e construção de um retorno em Estância, na altura da empresa Concresul (subida para Ivoti).
Saída pode ser incluir o trecho em lista de obras emergenciais
O superintendente do Dnit disse que, para ser duplicado de forma mais célere, o “trecho da morte” precisa ser incluído na lista de obras em pontos críticos de rodovias federais pelo País. Este movimento reduziria um pouco a carga burocrática de um projeto desta envergadura.
Coordenador de engenharia terrestre do Dnit no Estado, Pedro Coutinho dos Santos deixou claro que, no momento, caberá aos municípios fazerem as intervenções necessárias para reduzir os acidentes na rodovia. “Vamos reavaliar a questão da velocidade, se possível fazer mais uma restrição”, afirmou, deixando claro que caberá aos gestores municipais também a implementação de iluminação e possíveis redutores de velocidade.
“Trecho precisa de atenção para ontem”, cobra prefeito
O presidente da Amvag e prefeito de Estância Velha se mostrou insatisfeito com o resultado do encontro. “A gente entende que pardal ou qualquer tipo de radar não será colocado neste momento se não for em parceria com os municípios, a iluminação também. O Dnit se propôs a fazer uma ou outra intervenção com placas, mas muito pouco neste primeiro momento”, resume.
Sobre a possibilidade de o “trecho da morte” ser incluído em uma lista de obras emergenciais em rodovias federais, o prefeito diz que considera importante, mas ainda insuficiente. “O trecho precisa de uma atenção pra ontem e não são pequenas intervenções que vão fazer a diferença”, enfatiza.
Deputado diz que é preciso manter a cobrança junto ao Dnit
O deputado estadual Issur Koch (PP) defende a realização de medidas emergenciais no trecho, independente de uma futura duplicação. “Entendo que há muitas medidas paliativas que podem trazer soluções antes dessa grande obra”, avalia.
Já o deputado estadual Joel Wilhelm (PP) entende que é preciso manter o movimento de cobrança por soluções junto ao Dnit. Segundo ele, a cobrança deve ser por ações de curto, médio e longo prazos. “Devemos cobrar ações rápidas, mas que na sequência possa haver um desmembramento, com foco na duplicação do trecho com maior número de acidentes”, sugere. O deputado estadual Delegado Zucco (Republicanos) também participou da reunião.
Na tarde desta segunda-feira dirigentes do Dnit no Estado recebem uma comitiva de vereadores de Novo Hamburgo para discutir o mesmo assunto. Uma comissão foi criada na Câmara Municipal para levantar os principais problemas e buscar soluções para o “trecho da morte” da BR-116, que inclui o bairro Roselândia, em Novo Hamburgo.
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