Famílias afetadas pelas chuvas do ciclone extratropical de junho devem ficar atentas ao pagamento de auxílio financeiro. Nesta sexta-feira (8), a Secretaria Estadual de Assistência Social informou que 50 pessoas que estavam com problemas de documentação vão receber o auxílio nos próximos dias pelo programa “Volta por Cima”.
Já Novo Hamburgo, que tem o auxílio de R$ 1 mil do “Programa Municipal Juntos, Sempre!” para casas atingidas pelo histórico ciclone de junho, até o final da próxima semana deverá pagar R$ 94 mil por meio de cheque nominal para 94 pessoas que não possuem Pix. Nem o governo do Estado e a Prefeitura passaram as datas exatas do pagamento.
A Prefeitura informa que já distribuiu R$ 2.840.000,00 a 2.840 pessoas responsáveis pelas residências atingidas. A distribuição do recurso foi via Pix a quem tinha como chave o CPF, que é a chave mais segura em relação à titularidade. Com as 94 pessoas sem PIX serão 2.934 residências contempladas.
Segundo a pasta estadual, todos os cadastros foram realizados pelo municípios e a maior parte dos que tiveram problemas e não receberam é pela falta de atualização no CadÚnico. A SAS esclarece ainda que só foram beneficiados os classificados em pobreza e extrema pobreza, com 218 reais per capita e entre 89 e 178 reais per capita, respectivamente.
Sem auxílio
A moradora do bairro Empresa, em Taquara, Vanir Moreira Groeff, 54 anos, e que foi atingida pelo ciclone extratropical de junho, relata não ter sido beneficiada com o auxílio anunciado de R$ 2,5 mil pelo governo estadual para comprar móveis. De acordo com ela, que teve a casa atingida pela água, moradores de outras localidades da cidade e que não foram atingidas pelo ciclone receberam o benefício, enquanto ela e outros moradores da Rua Buenos Aires não foram contemplados. A dona de casa questiona os motivos de não ter recebido e acredita que houve um erro no cadastramento da prefeitura.
O secretário de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania de Taquara, Maurício Souza Rosa, explica que, quanto ao auxílio às vítimas das enchentes, é o governo do Estado o responsável por definir os auxílios e quais pessoas podem ser beneficiadas.
As pessoas que receberam o auxílio precisavam estar cadastradas no “Devolve ICMS”, do governo gaúcho, além de ter tido sua casa alagada. “Quem tinha renda, ou não tinha o cadastro do Devolve ICMS, não possuía os critérios para receber o recurso. Foi o caso da senhora Vanir. Ou seja, quando ocorreu o ciclone, a renda per capita da família dela era superior ao ponto de corte estabelecido pelo Governo do Estado”, explica prefeitura.
Em caso de dúvidas sobre o auxílio, a população pode contatar com o Cras a partir de segunda-feira, e tirar suas dúvidas. O telefone é (51) 3541-9242.
Segundo a prefeitura taquarense, 485 famílias foram atingidas nas enchentes de junho e o Desenvolvimento Social do Município atendeu a todas as pessoas afetadas, inclusive a dona Vanir. Foram entregues colchões, cobertores, móveis, cestas básicas, kits de higiene e limpeza.
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