Um grupo de motoristas de aplicativos se reuniu na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (16) para reivindicar mais ações de segurança pública em diferentes pontos de Novo Hamburgo, visando coibir a violência que tem acometido a classe. Nos últimos dois meses, três homens foram esfaqueados por “passageiros” em assaltos enquanto realizavam corridas nos bairros Santo Afonso, Centro e Rincão.
Cerca de 30 profissionais autônomos estiveram presentes durante a sessão solene, que teve início às 18 horas. “Viemos aqui para buscarmos soluções e combater essa insegurança.”, diz o líder do movimento dos motoristas de aplicativo, Rafael Nunes, que completa seis anos na profissão em dezembro. “Se eu estiver vivo”, completa.
Nestes anos como motorista, Nunes afirma que ele e colegas já recuperaram carros roubados, já resgataram colegas de dentro de porta-malas e até ajudaram na prisão de criminosos. “Graças a Deus, todas as tentativas de assalto que sofri, foram frustradas. Em uma delas, o meliante foi preso, mas no outro dia já estava solto”, conta.
Em seu discurso, um dos principais pedidos de Nunes foi por mais fiscalização e abordagens em barreiras por parte da Guarda Municipal, que também esteve presente na sessão. “Nós queremos que façam barreiras, mas que abordem tanto os motoristas quanto os passageiros. Peçam os documentos de todos. Esses assaltos não tem hora nem lugar, acontecem na madrugada, mas também à luz do dia”, justificou.
Após o vereador Gustavo Finck (PP) trazer o dado de que em setembro Novo Hamburgo teve 15 casos de roubo de veículos e outros 23 furtos veiculares, Nunes disse que a média de assaltos que motoristas de aplicativo sofrem é de 30 por mês, ou seja, todos os dias, ao menos um profissional é assaltado.
“Daqui a pouco, não vai mais ter motorista de aplicativo, porque não temos segurança para trabalhar. A gente sabe de casa e não sabe se vai voltar. Precisamos que os motoristas, o Legislativo e o Executivo atuem juntos para tirar essa insegurança do nosso quintal”, disse.
O vice-presidente da Câmara, Ricardo Ritter (PSDB), líder do governo Fátima Daudt, se comprometeu a marcar uma reunião o mais breve possível com o Executivo e as forças de segurança.
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