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VIOLÊNCIA

Assaltante corta pescoço de motorista de aplicativo em Novo Hamburgo

"O médico falou que, se tivesse acertado um pouco mais para o lado, eu não sobreviveria", relata a vítima, traumatizada, que está deixando a atividade

Publicado em: 03/10/2023 às 06h:00 Última atualização: 17/10/2023 às 23h:12
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Em meio aos assaltos que apavoram motoristas de aplicativos no Vale do Sinos, um hamburguense de 34 anos passou pela experiência mais traumatizante há menos de dois meses. Estava no fim de uma corrida, na manhã de 8 de agosto, uma segunda-feira, quando um passageiro o cortou no pescoço para roubar.  Na atividade desde 2017, a vítima está decidida a parar. 

Após ter o pescoço cortado ao fim de uma corrida por aplicativo, motorista fez exame de corpo de delito e passou dados da viagem para a Polícia | Jornal NH



Após ter o pescoço cortado ao fim de uma corrida por aplicativo, motorista fez exame de corpo de delito e passou dados da viagem para a Polícia

Foto: Arquivo GES

“Foi o primeiro e quase último assalto que sofri. O médico falou que, se tivesse acertado um pouco mais para o lado, eu não sobreviveria. Teria me degolado. Estou me desligando aos poucos do aplicativo, pegando outros trabalhos. Também me mudei de Novo Hamburgo.” O relato é de um ataque repentino e covarde.

O embarque foi no bairro Santos Dumont, em São Leopoldo, por volta das 6h30, com destino ao bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo. “Eram três gurias e um cara. Uma sentou ao meu lado e ele ficou bem atrás de mim, com as outras duas à direita. Estava tranquilo. Foram conversando.” Os passageiros pediram para ir até perto da ponte na Rua da Divisa, a fim de facilitar a travessia a pé no dique.

“Quando parei e fui virar para fazer a cobrança, senti algo no pescoço. Abriram as portas e saíram correndo. Cruzaram a ponte e ficaram me olhando, esperando que eu morresse com o corte. Acredito que iam me jogar no valão e roubar o carro.”

Sangrando muito, o motorista dirigiu o Gol até a UPA do bairro Canudos, perto da casa onde morava. Fez curativos e tomou medicamentos, mas a cicatriz ficou. “Nunca tinha ido àquele local e visto eles. Fiz exame de corpo de delito e passei o endereço para a Polícia.”

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