A Justiça concedeu novamente o direito de prisão domiciliar humanitária a Marizan de Freitas, o Maria, 35 anos, considerado um dos líderes da facção Os Manos, do Vale do Sinos. Na última vez em que recebeu o benefício, Freitas fugiu para São Paulo. Depois de ficar foragido da Justiça por três dias, ele foi recapturado pela Polícia Civil em um restaurante de luxo, há duas semanas. (Veja o vídeo abaixo).
Condenado pelos crimes de tráfico de drogas e tentativa de homicídio, Freitas soma 38 anos e três meses de pena.
A decisão é do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Procurado pela reportagem, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) diz que “tomou conhecimento da decisão e está avaliando a possibilidade de recurso”.
Às 12h36 deste domingo (13), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) informou que “a decisão do STJ ainda não foi cumprida”. Ou seja, Freitas seguia na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) até o horário.
Fuga para São Paulo
No dia 27 de julho deste ano, o benefício de prisão domiciliar que Freitas havia recebido da Justiça no dia 14 daquele mês foi revogado após recurso interposto pelo MPRS.
Quando soube da revogação, ele fugiu, acompanhado da companheira, em um carro de luxo e acessou a BR-101, em direção a Santa Catarina. A Polícia descobriu que ele havia se instalado em um bairro nobre da cidade de São Paulo.
Após as equipes da Polícia gaúcha e da Polícia Civil paulista monitorarem o suspeito, ele foi avistado almoçando. Dessa forma, os policiais entraram no estabelecimento e fizeram a abordagem.
Ele foi trazido de volta para o Rio Grande do Sul e levado para a Pasc.
Veja o vídeo
Liberado para fazer cirurgia
O benefício de prisão domiciliar humanitária foi concedido no mês passado ao preso para que ele fizesse uma cirurgia em uma das pernas, em razão de ter estilhaços de projéteis de arma de fogo de um confronto anterior. Ele foi liberado do cárcere sem monitoramento de tornozeleira eletrônica.
Passagem por penitenciária federal
Devido a sua periculosidade, Freitas chegou a ser levado para uma penitenciária federal em março de 2020. A transferência dele e de outros 17 detentos foi feita em uma megaoperação. Na época, o destino não foi divulgado pelas autoridades. Em maio deste ano, ele foi trazido de volta para o RS.
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