ESPECIAL
199 ANOS DE IMIGRAÇÃO ALEMÃ: Fala e escrita que ultrapassam gerações
Como o idioma germânico aproxima os descendentes de suas origens
Última atualização: 17/10/2023 16:47
No Brasil, o legado da imigração alemã permanece até hoje, permeando histórias de famílias que encontraram nesta terra um novo lar. Parte desse legado é o idioma, que permanece como um elo vital entre alguns descendentes e seus antepassados. É o caso de Carlos Alberto Eisinger, de 69 anos. Nascido e criado em Novo Hamburgo, ele faz questão de aprender o idioma germânico. “Meus ancestrais são de origem alemã. Quando criança, aprendi apenas o idioma do Hunsrück, que é o mais falado na nossa região”, conta.
Os avós maternos de Eisinger eram imigrantes alemães que desembarcaram no Rio de Janeiro em 5 de abril de 1914. Seus nomes eram Franz Albert Zeumer e Hedwig Maria Zeumer. Anos mais tarde, em 1936, eles iniciaram a construção de sua casa em Portão. No porão da residência, eles instalaram a Fábrica de Queijo Gaúcho, já que Franz era professor e técnico de laticínios.
Na época, o casal queria aumentar a família. “Como eles não tinham filhos, resolveram adotar a minha mãe, Edi Emma Rowe, quando ela tinha 10 anos de idade, no ano de 1937, através do Consulado Alemão de Porto Alegre”, narra. “Quando criança, tive o privilégio de ouvir as histórias contadas em alemão pela minha avó materna sobre o Natal, sobre as montanhas cobertas de neve, a Floresta Negra e os vales repletos de flores na primavera de uma Alemanha para a qual ela nunca mais voltou”, continua.
Em uma viagem feita para a Alemanha em 2009, Carlos conectou-se ainda mais com a sua identidade. O desejo de ir para lá havia surgido em uma confraternização em Novo Hamburgo com uma delegação de 30 pessoas da Romantische Strasse. “Nesse grupo estava a família dos Wünschenmeyers, com os quais iniciei uma bela amizade”, conta.
Para melhorar ainda mais a comunicação com seus amigos, Eisinger se inscreveu em um curso de língua alemã para a terceira idade da Universidade Feevale, onde ele tem aulas até hoje.
Acompanhe outras reportagens especiais sobre os 199 anos da imigração alemã
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Em casa e na escola
No Brasil, o legado da imigração alemã permanece até hoje, permeando histórias de famílias que encontraram nesta terra um novo lar. Parte desse legado é o idioma, que permanece como um elo vital entre alguns descendentes e seus antepassados. É o caso de Carlos Alberto Eisinger, de 69 anos. Nascido e criado em Novo Hamburgo, ele faz questão de aprender o idioma germânico. “Meus ancestrais são de origem alemã. Quando criança, aprendi apenas o idioma do Hunsrück, que é o mais falado na nossa região”, conta.
Os avós maternos de Eisinger eram imigrantes alemães que desembarcaram no Rio de Janeiro em 5 de abril de 1914. Seus nomes eram Franz Albert Zeumer e Hedwig Maria Zeumer. Anos mais tarde, em 1936, eles iniciaram a construção de sua casa em Portão. No porão da residência, eles instalaram a Fábrica de Queijo Gaúcho, já que Franz era professor e técnico de laticínios.
Na época, o casal queria aumentar a família. “Como eles não tinham filhos, resolveram adotar a minha mãe, Edi Emma Rowe, quando ela tinha 10 anos de idade, no ano de 1937, através do Consulado Alemão de Porto Alegre”, narra. “Quando criança, tive o privilégio de ouvir as histórias contadas em alemão pela minha avó materna sobre o Natal, sobre as montanhas cobertas de neve, a Floresta Negra e os vales repletos de flores na primavera de uma Alemanha para a qual ela nunca mais voltou”, continua.
Em uma viagem feita para a Alemanha em 2009, Carlos conectou-se ainda mais com a sua identidade. O desejo de ir para lá havia surgido em uma confraternização em Novo Hamburgo com uma delegação de 30 pessoas da Romantische Strasse. “Nesse grupo estava a família dos Wünschenmeyers, com os quais iniciei uma bela amizade”, conta.
Para melhorar ainda mais a comunicação com seus amigos, Eisinger se inscreveu em um curso de língua alemã para a terceira idade da Universidade Feevale, onde ele tem aulas até hoje.
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