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Jefferson Otto (PSD)

Vereador de Canoas explica voto "solitário" contra prorrogação do contrato com a Sogal

Sem licitação encaminhada, município corria o risco de ficar sem ônibus a partir deste sábado (23)

Publicado em: 22/12/2023 às 13h:39
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Enviado de afogadilho ao Legislativo canoense, o projeto de lei do Executivo para prorrogar por um ano o contrato com a empresa de ônibus Sogal foi uma iniciativa formal do então prefeito interino, Cris Moraes. O motivo era o fim da concessão prevista para este sábado (23), o que poderia gerar demissões de funcionários, interromper um estudo sobre o transporte público e deixar o canoense sem ônibus.

Jefferson Otto, vereador PSD



Jefferson Otto, vereador PSD

Foto: Divulgação

Havia já uma sinalização de lançar edital para licitar o serviço na gestão do prefeito afastado Jairo Jorge, mas o tempo passou sem uma definição. Com isso, Jairo havia anunciado à imprensa que recorreria à prorrogação. 

Na sessão extraordinária nesta sexta-feira (22) na Câmara de Vereadores de Canoas, 20 vereadores decidiram pela prorrogação do contrato, nem todos convictos sobre a necessidade de permanência da Sogal, mas argumentando que o serviço à população poderia ficar ameaçado. 

Houve apenas um voto “solitário” durante a sessão: o do vereador Jefferson Otto, sobrinho de Jairo e colega do tio no PSD. Otto votou contra a prorrogação, sem dar justificativa aos colegas.

Procurado pelo DC, após a sessão, o legislador esclareceu a decisão. “Eu fui eleito em 2020 defendendo duas grandes bandeiras: a redução dos custos na Câmara, a qual estou cumprindo desde o meu primeiro dia como vereador e a realização da licitação para o transporte público na cidade, a qual sempre defendi e continuarei defendendo”, explica. “A respeito da possívell descontinuidade, eu fiz um pedido de informações sobre o tema à Prefeitura e irei me manifestar em breve mais detalhadamente.”

Otto também fez críticas ao serviço prestado pela Sogal na cidade. “A licitação se faz necessária pois já estamos indo para quase 60 anos de monopólio. Infelizmente, a empresa não consegue atender os anseios dos usuários e prestar um atendimento de qualidade”, avalia. “Talvez mais grave ainda, não consegue cumprir com as obrigações trabalhistas.”

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