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CATÁSTROFE NO RS

TRE calcula perda de até 8 mil urnas com a enchente no Rio Grande do Sul

Depósito dos equipamentos, em Porto Alegre, foi gravemente afetado, informa o Tribunal Regional Eleitoral

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Publicado em: 21/05/2024 às 17h:55 Última atualização: 21/05/2024 às 17h:58
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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul divulgou na tarde desta terça-feira (21) um balanço detalhado dos impactos da enchente em sua estrutura. O número de urnas eletrônicas danificadas pode chegar a 8 mil. Onze imóveis foram atingidos no Estado, incluindo a sede do Tribunal, localizada na Rua 7 de Setembro, Centro Histórico de Porto Alegre.

TRE gaúcho calcula ter perdido entre 5 mil e 8 mil urnas com a enchente | abc+



TRE gaúcho calcula ter perdido entre 5 mil e 8 mil urnas com a enchente

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Segundo o TRE, 504 urnas eletrônicas que estavam armazenadas nos cartórios eleitorais de Arroio do Meio, São Sebastião do Caí e São Jerônimo foram destruídas. Estas unidades foram atingidas pela enchente e, os estragos, já contabilizados.

No caso do depósito de urnas, localizado no 4º Distrito, em Porto Alegre, ainda não foi possível realizar um levantamento detalhado dos prejuízos. Por isso é feita uma estimativa de que entre 5 mil e 8 mil urnas tenham sido danificadas. No local havia 13,3 mil equipamentos.

Segundo o TRE, mais da metade das urnas que estavam neste depósito são de modelos que não seriam utilizados na eleição municipal deste ano. “A Secretaria de Tecnologia da Informação avalia, num primeiro momento, que do ponto de vista quantitativo não haveria risco muito alto de prejuízo à eleição”, destaca o TRE em seu relatório.

O TRE gaúcho tem, em estoque, aproximadamente 41 mil urnas eletrônicas, incluindo as antigas que estão em processo de substituição. Para uma eleição são necessárias cerca de 30 mil unidades. É com base nessa conta que o órgão não vê risco de falta de equipamento.

No mesmo relatório, o TRE informa que “a perda do depósito inviabiliza importantes atividades de manutenção, certificação e mesmo preparação das urnas eletrônicas, sendo necessário viabilizar novo espaço”.

No parágrafo final do relatório de dez páginas, a presidente do TRE, desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak, diz que “a Justiça Eleitoral é um dos pilares da democracia, competindo-lhe garantir a realização de eleições legítimas e transparentes”.

Ela acrescenta que “cumprir esta missão exigirá um grande esforço conjunto de nossos competentes magistrados, servidores e colaboradores, os quais, posso afiançar, atuaram de forma exemplar e incansável durante os momentos mais críticos que enfrentamos, cabendo prestar-lhes o devido reconhecimento”.

Nesta quarta-feira (22) a desembargadora passa a presidência do TRE gaúcho para o desembargador Voltaire de Lima Moraes, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado. Até o momento a Justiça Eleitoral não considera a possibilidade de adiamento da eleição municipal, marcada para 6 de outubro.

Nesta segunda-feira (20) o governador Eduardo Leite (PSDB) disse, em entrevista ao jornal O Globo, que é preciso debater um possível adiamento da eleição. Ele entende que a disputa eleitoral pode atrapalhar a mobilização de reconstrução dos municípios atingidos pela enchente.

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