Seis meses após o chefe da Casa Civil, Rui Costa, ter garantido a um grupo de parlamentares gaúchos que a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) seria excluída do Plano Nacional de Desestatização (PND), a empresa segue na relação a serem concedidas.
Em pronunciamento nesta quarta-feira (13), o senador Paulo Paim (PT) retomou a pauta, solicitando ao governo federal que retire a Tresurb do programa, alegando que a empresa pública trabalha com equilíbrio econômico-financeiro. “Esta concessão não nos parece necessária, adequada, pois a Trensurb é uma empresa que opera muito bem. Uma eventual privatização não traria ganhos operacionais, ao contrário, traria para o Rio Grande do Sul uma enorme instabilidade, insegurança e problemas de gestão que hoje ocorrem em regiões onde este transporte foi concedido ao setor privada.”
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Além disso, o político frisa que a Trensurb transporta diariamente 120 mil pessoas, entretanto, conta com infraestrutura e equipamentos que permitem a ampliação do fluxo, permitido o transporte de até 250 mil pessoas por dia, operando com energia limpa e renovável. “Conceder a Trensurb ao setor privado, como deseja o atual governo do estado do Rio Grande do Sul, não vai eliminar a necessidade da manutenção dos subsídios que o governo federal atualmente assegura à empresa. Uma concessão sem a manutenção dos subsídios federais provocaria um aumento insuportável da tarifa à população usuária, o que seria catastrófico. Ou seja, mesmo privatizada, o governo federal continuará a repassar recursos públicos, agora para uma empresa privada”, sustentou Paim.
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