A Câmara dos Deputados promoveu nesta quarta-feira (4) uma audiência pública para discutir a retomada das atividades do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, após os danos causados pelas enchentes deste ano.
A reunião foi conduzida pela comissão externa que acompanha os prejuízos das chuvas no Rio Grande do Sul sob coordenação do deputado Marcel Van Hattem (Novo), acompanhado do relator, o deputado Pompeo de Mattos (PDT).
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), destacou a importância do terminal aéreo não apenas para a capital, mas para todo o estado, lembrando que sua recuperação é crucial para a retomada econômica da região. “O Salgado Filho não é só importante para a capital, mas para todo o Rio Grande do Sul. Já recuperamos parte da nossa economia hoteleira, da gastronomia e da cultura estadual. A retomada plena do aeroporto é muito importante para todos os gaúchos”, pontuou.
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De acordo com o planejamento da concessionária que administra o aeroporto, a Fraport Brasil, há uma previsão de retomada total em 16 de dezembro deste ano, com voos nacionais e internacionais, contudo, os voos domésticos estarão completamente restabelecidos a partir de janeiro do próximo ano.
“Estamos empenhados para a abertura total da pista no dia 16 de dezembro. Poderemos, a partir dessa data, receber as operações internacionais. Teremos o primeiro voo internacional já no dia 19 deste mês”, afirmou o vice-presidente de Operações da Fraport, Edgard Nogueira, acrescentando que a expectativa da concessionária é de que sejam realizados no aeroporto uma média de 140 movimentos (decolagens e pousos) por dia a partir de 2025.
Ampliação do número de voos
O secretário de Turismo do Rio Grande do Sul, Rafael Carniel, comentou sobre as ações em andamento para aumentar a conectividade aérea do estado, destacando a importância de atrair novos voos para a região. Ele informou que está envolvido nas negociações para expandir as operações aéreas e que há uma expectativa de operar com 13 aeroportos conectados diretamente a Porto Alegre.
Entre as mudanças previstas para o próximo ano, destaca-se o aumento de assentos disponíveis para algumas rotas. “Vai haver um aumento de assentos disponíveis para São Paulo, Brasília e Salvador no próximo ano. No entanto, haverá redução de assentos para Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba”, adianta.
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Carniel também relatou que as operações aéreas foram interrompidas em algumas cidades, como Florianópolis, Foz do Iguaçu e Joinville, o que impactou a conectividade regional. Contudo, ele ressaltou que, até abril do próximo ano, a previsão “é superar a marca de 400 mil assentos disponíveis”, completou.
Representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Fraport, companhias aéreas e do SOS Agro RS (movimento dos agricultores gaúchos pós-calamidade) também participaram do encontro.
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