Faltando seis meses para o encerramento do ano parlamentar a Câmara de Vereadores de Montenegro, no Vale do Caí, elegeu uma nova mesa diretora do legislativo municipal. A mudança na composição ocorre após o pedido de afastamento do presidente Valdeci Alves de Castro (Republicanos). Eleito no final de 2023, Castro renunciou ao cargo no final de abril em razão de problemas de saúde e restrições médicas. Na sequência, o vice Sérgio Souza (MDB), solicitou afastamento da função.
Em uma reviravolta poucas vezes vista na história da Câmara, as renúncias abriram brecha, conforme o regimento interno da Casa, a uma nova eleição da presidência.
O vereador Talis Ferreira (Podemos) foi escolhido, por unanimidade, para ocupar cargo. Sérgio Souza (MDB) assumiu a vice-presidência.
Mandato não é novidade
Este é o segundo mandato de Ferreira, que já ocupou o cargo em 2022. A reportagem, ele destacou que pretende dar continuidade aos trabalhos de Castro, mas com foco em trazer debates que considera necessários neste período de calamidade. O município com pouco mais de 64 mil habitantes enfrenta a 13ª enchente em menos de dois anos. “Quero aproximar o Legislativo da comunidade, aberta ao diálogo com a sociedade civil, com o Executivo e o Judiciário. É fazer com que a Câmara seja, realmente, uma representação do povo”, ressaltou.
Ferreira destaca a criação de uma frente parlamentar para discutir ações de mitigação dos impactos das enchentes no acolhimento às famílias e no setor produtivo. “As pessoas perderam absolutamente tudo dentro das casas, agora nossa preocupação é socioeconômica, manter os empregos. Por isso é fundamental buscar alternativas para amenizar os impactos causados por essas tragédias”, disse.
Pleito fica de fora do plenário
O parlamentar adiantou ainda que um acordo foi firmado entre as bancadas, de modo a manter as disputas eleitorais distantes do trabalho em plenário. “Por ser um ano eleitoral sabermos que é mais difícil dar seguimento a algumas pautas, entretanto, não temos tempo neste momento para estarmos com disputas eleitorais. Isso não pode influenciar o trabalho dentro da Câmara de Vereadores, foi esse o consenso”.
LEIA TAMBÉM
- Categorias
- Tags