Jéferson Falcão (PL), de São Leopoldo, Evandro Salermo Gã (União Brasil), de Sapucaia do Sul, Ederson Bueno (MDB), de Dois Irmãos, e Antônio Worst (PL), de Estância Velha, têm uma marca em comum: quatro anos após a estreia nas Câmaras de Vereadores, saíram das urnas no domingo (6) como os vereadores eleitos mais votados das cidades onde concorreram. Juntos, os quatro somam mais de 10 mil votos.
CLIQUE AQUI E INSCREVA-SE NA NOSSA NEWSLETTER
Foto: Reprodução
Olho no olho, sentir na pele o que a comunidade precisa, transparência na gestão e até mesmo a troca de partido são os segredos que eles apontam como essenciais para o sucesso do trabalho.
ENTRE NA COMUNIDADE DO JORNAL NH NO WHATSAPP
Jéferson Falcão (PL)
De 2020 para 2024, não foi apenas o número de votos de Falcão que mudou: o vereador também trocou de partido.
Na sua primeira eleição, ele concorreu pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), diferentemente deste último pleito, que disputou pelo Partido Liberal (PL). Com 3.659 votos, Falcão, de 41 anos, tornou-se o vereador eleito mais votado de São Leopoldo em 2024 – o candidato Alessandro Camilo da Silva, o Lemos (PSB), foi o mais votado da cidade, com 4.451 votos. Contudo, ficou de fora da Câmara porque o partido não atingiu o quociente partidário.
“Foi uma grata surpresa, não esperava mesmo. Só me faz crer que o trabalho foi bem feito e aprovado pela comunidade de São Leopoldo”, avalia Falcão, que cumprirá o seu segundo mandato no Legislativo leopoldense.
Em relação ao pleito anterior, o parlamentar ampliou a preferência do eleitorado – em 2020, havia recebido 1.600 votos. Na receita, para alavancar a votação, ele elenca três fatores que considera predominantes: a fiscalização do governo municipal, as pautas voltadas às políticas públicas pela inclusão e a migração para o PL, partido do prefeito eleito, Delegado Heliomar Franco.
“O fato de sempre cobrar do governo, estar recebendo as demandas e reclamações da população, acho que foi um ponto. Outro ponto bem importante que eu acho que me levou até essa votação, foi a minha defesa árdua na pauta da inclusão, especialmente a causa autista. Onde aprovei cinco leis, lutei pela criação do Centro de Referência Especializado ao Autismo. E o terceiro fator, creio que foi minha migração para o partido do prefeito eleito, Delegado Heliomar, isso também me trouxe um número muito bom de apoiadores”, avalia.
Evandro Salermo Gã (União Brasil)
Em Sapucaia do Sul, Salermo também conquistou um número expressivo de votos: 2.317. Assim, o candidato tornou-se o vereador eleito mais votado de seu município – Gabriela Ortiz (PDT) fez 2.484 votos e se tornou a candidata mais votada na disputa pela Câmara de Vereadores. No entanto, o partido não conseguiu somar o mínimo necessário de votos para se credenciar a uma vaga.
Nas urnas, em 2020, o parlamentar estreou nas urnas concorrendo pelo MDB e ganhou 1.453 votos. Para o parlamentar, o resultado do pleito de 2024 reflete os quatro anos do mandato e a efetivação das propostas de campanha. “A ideia que sempre tive foi de propor, de dizer o meu limite, o que poderia ajudar, o que estava ao meu alcance, então foi um trabalho limpo, sincero, para que a gente tenha esse respeito da população”, pontua.
Ex-jogador profissional de futebol, com passagem pelo Sapucaiense e pelo Aimoré de São Leopoldo, Salermo avalia o desempenho na corrida eleitoral como uma evolução enquanto parlamentar. “Neste segundo mandato [eleição para o segundo mandato] rompi a barreira de ser apenas o ‘ex-jogador’. “Eu me qualifiquei e continuo me qualificando para a função.”
Ederson Bueno (MDB)
Em 2020, na segunda tentativa de conquistar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Dois Irmãos, Bueno, filho do ex-vereador Veronez Bueno (PDT), foi o segundo na preferência dos eleitores, com 1.185 votos. No último domingo, aos 33 anos, a votação do então candidato à reeleição ampliou em mais de 900 votos.
O emedebista superou o recorde da ex-prefeita Tânia da Silva (MDB), quando, em sua eleição para o Poder Legislativo, somou 2.087 votos, 11,33% dos votos válidos. Com o resultado deste ano, Bueno se tornou o vereador mais votado da história do Legislativo dois-irmonense.
ACOMPANHE: SIGA O ABCMAIS NO GOOGLE NOTÍCIAS!
“Passamos os quatro anos trabalhando de forma intensa em prol da comunidade, fazendo muitas visitas, levando demandas até o Executivo. Buscando fazer justamente o elo entre os problemas da comunidade e o portador da solução. Acho que isso teve um grande reflexo [na votação], porque desta forma consegui atingir muitas pessoas que não havia atingido na primeira eleição”, argumenta Bueno.
Na avaliação do pleito, o parlamentar não desconsidera o “peso” do sobrenome e o compromisso com os eleitores do seu pai, Veronez Bueno, vereador por três mandatos (1993 -2004) e candidato a prefeito de Dois Irmãos em 2004. Veronez morreu em 2005, em um acidente de trânsito.
“Na primeira eleição [2020], usamos bastante o nome do meu pai, que deixou um legado e um sentimento na população de que o trabalho que ele vinha fazendo deveria continuar de alguma forma. Me comprometi a levar esse legado adiante, seguir trabalhando na mesma linha e com certeza na primeira eleição tive um grande número de votos por conta deste fator. Mas agora, depois de conhecer o meu trabalho, aumentou a credibilidade e a confiança, a gente conseguiu ampliar significativamente a votação neste último pleito.”
LEIA TAMBÉM
LEIA TAMBÉM: “Espero que ele esteja orgulhoso”, diz Daia Hanich ao seguir os passos do pai, o ex-vereador Serjão
Antônio Worst (PL)
Antônio Worst foi reeleito com a maior votação em Estância Velha, 1.943 votos. É quase o triplo da votação de 2020, quando foi o quinto mais votado pelo Democratas (DEM). “Fiz um mandato coerente e meu foco foi atender as pessoas com qualidade. Fui propositivo, mas também soube ser reativo”, argumentou o parlamentar, um dos principais nomes de oposição do prefeito reeleito Diego Francisco (PSDB) na Câmara.
“Fui no mandato quem eu prometi ser na campanha, mantive lealdade ao meu eleitor e me aproximei de grandes nomes da política nacional do Republicanos, PL e Novo”, aponta.
Questionado sobre a expressiva votação, o vereador reeleito elenca uma série de fatores que considera “assertivos” ao longo de sua trajetória parlamentar. “Fazer uma votação expressiva nunca é sorte, nem mesmo acaso. Existem muitos fatores que levam o eleitor ao voto, e uma campanha de reeleição depende sempre do trabalho desempenhado no mandato.”
- Categorias
- Tags