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Política

Moraes diz que sabe o que é "ser ameaçado pelo PCC" ao votar contra cassação de Moro

A votação desta terça-feira (21) fechou em decisão unânime contra a cassação de mandato e a inelegibilidade do ex-juiz da Lava Jato

Publicado em: 22/05/2024 às 17h:52 Última atualização: 22/05/2024 às 17h:52
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Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta terça-feira (21) contra a cassação do senador Sérgio Moro (União Brasil – PR). Durante o julgamento, Moraes disse que sabe o que é “ser ameaçado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital)”, maior facção criminosa do Brasil.

Alexandre de A votação desta terça-feira (21) fechou em decisão unânime contra a cassação de mandato e a inelegibilidade do ex-juiz da Lava Jato | abc+



Alexandre de A votação desta terça-feira (21) fechou em decisão unânime contra a cassação de mandato e a inelegibilidade do ex-juiz da Lava Jato

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

“Eu sei o que é ser ameaçado pelo PCC. Eu sei o que é ser ameaçado, você e a sua família, de morte. Então, dizer que segurança para o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro fazer campanha é um gasto de campanha, dizer que carro blindado e segurança para que ele possa fazer (campanha)… Eu não diria nem com tranquilidade, porque não dá tranquilidade para você, mas dá tranquilidade para a sua família, para a sua mulher, para os seus filhos”, afirmou Moraes.

As ações contra Moro apontavam que o parlamentar contratou seguranças e adquiriu carros blindados com recursos de campanha.

Em 2023, uma operação da Polícia Federal investigou um plano da facção que planejava sequestrar o senador. Segundo a PF, a ação seria uma vingança do PCC pela aprovação do pacote anti crime no Congresso Nacional. A medida dificultou a atuação de líderes de facções de dentro do sistema carcerário.

O processo

Sérgio Moro era acusado pelos partidos PT e PL de ter causado desequilíbrio eleitoral ao anunciar pré-candidatura à Presidência, e depois concorrer ao cargo de Senador pelo Paraná.

Além disso, os autores dos recursos somaram quantias que foram gastas pela equipe do ex-juiz nas diferentes campanhas e, entre os valores, estão R$ 34.069 em segurança privada e R$ 17.733 em aquisição e locação de veículos blindados.

O TSE rejeitou por unanimidade (7 a 0) o pedido de cassação de mandato e a inelegibilidade por oito anos do ex-juiz da Lava Jato. 

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