Além de Tarcisio Heming, o Ico Heming (Podemos), que apostou no irmão como cabo eleitoral de peso ao assumir Irmão Enfermeiro Vilmar como nome de campanha, Daia Hanich (MDB) seguiu os passos do pai, o ex-vereador Serjão Hanich (MDB). Ela foi eleita em Novo Hamburgo no último domingo (6), com 1.848 votos.
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De pai para filha
Serjão faleceu em 2022, aos 60 anos, enquanto exercia o quarto mandato consecutivo no Legislativo de Novo Hamburgo. O parlamentar passou mal durante sessão plenária e precisou ser levado ao médico, mas não resistiu.
Três anos e meio depois, a família Hanich volta a ter representante na Câmara para manter o legado político. Dos cinco filhos, foi a filha mais velha que encarrou o desafio. “Sabíamos que um Hanich teria que tentar e meu pai já havia falado diversas vezes, inclusive para amigos, que eu seguiria a trajetória dele. Espero que ele esteja orgulhoso”, comenta emocionada.
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Vivenciando a política dentro de casa e falando de problemas da cidade na mesa de jantar, Daia trabalhava nos bastidores das campanhas do pai e pensava em seguir a carreira política, mas não queria “disputar voto”. “Era uma relação de muito respeito e admiração. Eu projetava me candidatar quando ele concorresse a prefeito ou vice. Queria fazer campanha ao lado dele, em cima do caminhão como candidata, mas eram planos distantes, que infelizmente não consegui realizar.”
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Quer continuar o trabalho de Serjão
Em março de 2023, com quase 18 anos de filiação ao MDB e experiência de atuação partidária, ela criou coragem e aceitou o convite para concorrer. Desde lá, veio se preparando para o pleito, intercalando os plantões como inspetora da Polícia Civil em São Leopoldo, com a família, os três filhos e a neta Alice, de 1 ano.
“Quero levar as pautas que acredito para o Legislativo, políticas públicas, combate à violência doméstica e a estruturação da rede de apoio às vítimas de violência estão entre as minhas prioridades”, adianta.
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Com recursos escassos, a campanha contou com o apoio da família, amigos da então postulante e velhos conhecidos de Serjão. “Foi tudo muito emocionante, amigos do meu pai abraçaram a campanha e, caminhando pela cidade, ouvi tantas histórias sobre o meu pai que desconhecia. Histórias que me comprovaram que ele era na rua a mesma pessoa que era em casa e ajudou tanta gente”, comenta.
Em sua primeira entrevista como vereadora eleita, Daia fez questão de se apresentar como continuação do legado do pai e afirma que seguirá na política o rastro deixado por Serjão. “O meu pai foi um dos melhores seres humanos que eu conheci. Sempre disposto a ajudar o próximo. Era o ponto de equilíbrio da nossa família. Ele não tinha final de semana, nem feriado. Dizia que era ‘despachante do povo’ e precisava estar aonde era chamado”, diz.
Daia Hanich (MDB) mantém o nome da família na vida pública
Arquivo pessoal
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