Menos de 24 horas após o fim das eleições municipais que elegeram o atual vereador de Novo Hamburgo Gustavo Finck (PP) como novo prefeito da cidade, a primeira sessão parlamentar após o pleito foi marcada por avaliações do resultado e uma articulação que durante a campanha eleitoral se mostrava improvável para próximo governo.
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Foto: Daniele Souza/CMNH
Opositor ferrenho ao atual governo, Finck fez sua campanha apostando na polarização nacional disputando o voto da direita. Contudo, ao longo dos últimos quatro anos não foram raras as vezes em que o vereador do Progressista se alinhou a Enio Brizola (PT) na pautas da Câmara.
Uma parceria que segundo o novo prefeito não está descartada de se repetir. “Agora o projeto é de cidade, todos sabem que sou de direita, que meu presidente é o Bolsonaro, mas temos que pensar a cidade como um todo. Inclusive conversei com o Enio Brizola que se colocou à disposição para ajudar a construir a mudança que a cidade precisa. Não está descartado [compor a base de apoio com o PT]”, afirmou nesta segunda-feira (7) Finck, já abrindo espaço para articulações políticas.
Na próxima legislatura, que inicia em 2025, o PT passará de uma para duas cadeiras na Câmara de Vereadores hambueguense. Questionado sobre a possibilidade de compor o próximo governo, Brizola, que foi reeleito no domingo, desconversou.
“Ideologicamente continuamos com posições adversas, o prefeito eleito se identifica de direita, o PT é um partido de esquerda. Mas o PP é um partido que compõe também a base do governo Lula. Acho que nosso esforço neste momento tem que ser concentrado na recuperação das questões da cidade”, afirmou primeiramente, sem dar pistas do futuro da bancada petista no próximo governo.
Mas Brizola, assim como Finck, não descartou uma parceria na próxima gestão. “Não estamos anunciando que faremos parte da base do governo, somos um governo de reconstrução nacional, e dentro dele o PP faz parte, ainda não avaliamos o processo eleitoral, mas vamos reunir e definir uma postura frente ao novo governo.”
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