Dezesseis anos após encerrar seu terceiro mandato à frente da Prefeitura de Campo Bom (1989/1992, 2001/2004, 2005/2008), o prefeito eleito Giovani Feltes (MDB) foi diplomado e está apto a assumir o Executivo da cidade novamente. A solenidade ocorreu no final da tarde desta quarta-feira (18), na Câmara de Vereadores, e foi conduzida pelo juiz Álvaro Walmrath Bischoff, da 105ª Zona Eleitoral. Além do prefeito, sua vice, Gênifer Engers (PDT), os onze vereadores eleitos e os suplentes também foram diplomados.
Em seu primeiro discurso após a diplomação, Feltes fez um pronunciamento contundente sobre o processo eleitoral e a integridade das eleições. O prefeito eleito cobrou maior firmeza da Justiça Eleitoral e abordou a polêmica envolvendo a denúncia de uso de deep fake durante o processo eleitoral, em relação ao seu adversário, Faisal Karam (Republicanos). Apesar de Karam ter sido inocentado pela Justiça, a defesa de Feltes recorreu da decisão no final de novembro, buscando reverter a decisão.
Feltes afirmou que é “difícil celebrar uma vitória eleitoral num ambiente em que se tenta alterar o processo democrático de forma escusa”. O político destacou que o uso de tecnologias para manipular resultados eleitorais “não pode ser tolerado” e defendeu punições rigorosas para quem utilizar a tecnologia indevidamente. “A punição de quem utilizar esses meios fraudulentos deve ser severa”, reforçou.
Relembre o caso
Durante uma disputa pela Prefeitura de Campo Bom nas últimas eleições, o então candidato Giovani Feltes (MDB) acusou seu adversário Faisal Karam (Republicanos) de tentar produzir um vídeo falso de alta qualidade, utilizando uma técnica conhecida como deep fake. A alegação de Feltes era de que a intenção de Karam, ao criar essas imagens manipuladas, era manchar sua imagem pública e prejudicar sua candidatura.
No entanto, em 21 de novembro, o juiz Álvaro Walmrath Bischoff, da 105ª Zona Eleitoral, absolveu Faisal Karam das acusações. Na sua decisão, o juiz afirmou que a situação não passou de “atos preparatórios” e que a ação movida por Feltes foi improcedente, não passando de “atos preparatórios”
Apesar da decisão favorável a Karam, a defesa de Giovani Feltes entrou com um recurso, buscando reverter a absolvição.
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