Com 1.582 votos, a nova parlamentar eleita defende que caberá a ela ser a única voz da força feminina no plenário canoense. E ela garante que fará valer a oportunidade garantida pelos eleitores.
“Enfrentei muito machismo até chegar ao cargo”, afirma. “Então não vai ser agora que vou ficar quieta. Porque a gente já está cansada de ouvir que está descontrolada ou nervosa sempre que emitimos uma opinião contrária ao homem”.
Conforme a professora, não carregará “bandeira”, porque não cabe ao cargo. Fará, sim, propostas e projetos visando a melhoria da educação, principalmente, na inclusão, que carece de atendimento adequado.
“Trabalhei durante mais de três décadas no ensino público e privado”, aponta. “Sei a dificuldade que é para as mães de crianças com qualquer grau de dificuldade, por isso quero colaborar na melhoria da educação”.
Neuza também quer fazer valer sua posição no plenário, por meio da participação em votações e debates pertinentes à população, já que disse chegar pronta ao cargo e sem tempo para promessas.
“Eu li propostas de vereadores que prometeram o construir coisas impossíveis durante a campanha”, frisa. “Sei muito bem qual é o meu papel e farei minha voz ser ouvida perante os 20 homens que estarão no plenário”.
Com uma campanha embasada na “força feminina que Canoas precisa”, Neuza comenta que até mesmo a vizinha Nova Santa Rita elegeu três mulheres, ao contrário de Canoas, que só tem uma representante mulher.
“O que eu mais vejo durante as eleições são mulheres trabalhando para os homens”, salienta. “Acho que já está mais que na hora de Canoas deixar de ser tão conservadora e machista e a mulher começar a trabalhar para a mulher”.
LEIA TAMBÉM