POLÍTICA
Em nota, Mourão baixa tom e nega ter incitado comandantes a golpe
Texto foi emitido um dia depois do senador conclamar comandantes das Forças Armadas a não se omitirem contra a "condução arbitrária de processos ilegais"
Última atualização: 09/02/2024 18:18
Um dia de conclamar comandantes das Forças Armadas a não se omitirem contra a "condução arbitrária de processos ilegais", o senador e ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS) divulgou uma nota explicativa nesta sexta-feira (9). A informação é da Folha de São Paulo.
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No texto, o político afirma não ter incitado ou se referido a nenhum tipo de ruptura institucional ou golpe, ressaltando que era preciso afastar de seu discurso "qualquer postura que seja radical, de ruptura". Ainda, disse que é legalista e que conclamou os comandantes por entender que os processos que envolvem militares deveriam tramitar na Justiça Militar, e não na Justiça comum - como hoje está, sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF).
"A referência feita é relacionada a processos ilegais conduzidos em casos envolvendo militares da ativa e à necessidade de ação das Forças Armadas e da Justiça Militar, na instauração de inquéritos policiais militares (IPM) para a condução de investigações, em caso de militares da ativa supostamente envolvidos em irregularidades, no exercício de cargos e funções de natureza militar", ressalta trecho da nota. "O senador é e sempre será legalista, guiando todas suas ações na vida pública sempre com respeito à Constituição e às leis."
Na quinta-feira (8), Mourão falou que "no caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes ao largo da Justiça Militar. Existem oficiais da ativa sendo atingidos por supostos delitos, inclusive oficiais generais. Não há o que justifique a omissão da Justiça Militar".