POLÍTICA

ELEIÇÕES: Prevenção a enchentes foi tema destaque do primeiro debate à Prefeitura de Canoas

Os seis candidatos ao Executivo canoense participaram do encontro, realizado pelo Grupo Sinos nesta quarta-feira

Publicado em: 21/08/2024 20:11
Última atualização: 21/08/2024 20:12

Os seis candidatos a prefeito de Canoas participaram do primeiro debate da campanha eleitoral na manhã desta quarta-feira (21). O encontro promovido pela Central Grupo Sinos de Eleições ocorreu nos estúdios da Rádio ABC 103.3 FM, em Novo Hamburgo. Os prefeituráveis Airton Souza (PL), Beth Colombo (Republicanos), Campiol (Novo), Jairo Jorge (PSD), Marcio Freitas (PRD) e Rodrigo Cebola (PSOL) debateram durante 2h30 sobre temas essenciais e pertinentes na vida da população canoense.

Airton Souza, Campiol, Beth Colombo, Jairo Jorge, Marcio Freitas e Rodrigo Cebola Foto: Paulo Pires/GES

Dividido em três blocos, o debate foi mediado pelo jornalista e comunicador João Paulo Gusmão. O clima entre os concorrentes oscilou entre a cordialidade, o embate de ideias e a troca de farpas e acusações.

Pontos de vista sobre assuntos-chave de Canoas e propostas para o futuro da cidade, como prevenção de enchentes, saúde, educação e infraestrutura, foram temas em destaque entre os candidatos.

A transmissão pela Rádio ABC 103.3 FM também ocorreu em vídeo no abcmais.com e pelo canal do Youtube. O terceiro de uma série de mais de 20 debates com os prefeituráveis de municípios da região. O primeiro ocorreu na noite de domingo (18) com os candidatos de Novo Hamburgo e o segundo com os prefeituráveis de São Leopoldo.

Sistema de contenção de cheias em foco

No primeiro bloco, o confronto trouxe o tema enchente, que deve ser um desafio da próxima gestão canoense. Cada candidato precisou responder: "Como o senhor (a) pretende agir para que, no futuro, a cidade de Canoas esteja mais protegida contra as enchentes?"

Airton Souza frisou sobre a falta de diques nos bairros Mato Grande e São Luís.

"Nossa cidade vive uma situação de abandono na questão de proteção da cidade. os diques do Mato Grande e São Luís ainda não saíram do papel. As casas de bombas não estão funcionando adequadamente. Junto com uma equipe técnica, vamos fazer um trabalho de excelência. Não somente depender de Brasília. Precisamos ter capacidade de financiamento. É preciso enxugar a máquina pública para a realização das obras. Queremos dar proteção e segurança às famílias."

Beth Colombo pontuou a necessidade de retomada de um estudo de recuperação de todo o sistema de contenção de águas.

"Quando me propus a ser candidata a prefeita, eu imediatamente fui procurar as equipes técnicas que ajudaram na construção dos diques [Rio Branco, Mathias Velho e Niterói] para ter informações. Todos os diques precisam de estudo de recuperação. É urgente a recuperação dos diques e casas de bombas, elas já estão envelhecidas e precisam de modernização."

Campiol destacou a elevação dos diques como primordial.

"Precisamos cortar coisas que estão erradas, como tubulações que ligam uma vala a outra, em especial, a da Curitiba. Existem diversos erros de projeto nos diques que não receberam manutenção. Estamos montando um projeto de elevação dos diques e do nível das bombas. Queremos reforçar toda a área da barragem da cidade. Construir novas valas e desassorear. A limpeza de bocas-de-lobo e pegar as galerias. Tem todo um trabalho a ser feito e vamos fazer ele."

Jairo Jorge enfatizou que possui projetos alinhados com a manutenção do sistema de contenção de enchentes.

"Diante da tragédia que ocorreu, nós precisamos de recursos. Canoas já conseguiu R$ 1 bilhão com o governo federal e com o estadual. Os diques do Rio Branco e Mathias Velho devem ser elevados para sete metros. Já tenho um projeto executivo pronto para a construção do dique do Mato Grande. A complementação de obras nos diques que já existem também são fundamentais."

Marcio Freitas enfatizou que o vice de sua chapa é engenheiro civil.

"Buscamos trazer uma pessoa qualificada. Vice-prefeito foi feito para trabalhar. Precisamos trazer tranquilidade para o povo que não tem mais para dormir. O despreparo que aconteceu. A dificuldade existe, mas a competência de trazer tranquilidade em um momento de dor [para quem foi atingido por uma enchente] é de responsabilidade da gestão pública."

Rodrigo Cebola disse que a Canoas precisa de política ambiental.

"Pretendemos utilizar o conceito de cidade esponja [proteção e introdução da biodiversidade]. Outro ponto é a necessidade de concurso público para a defesa civil, ela não pode ser um cabide de emprego, e sim, ser preparada e técnica. Eu vi a dificuldade que foi perder tudo. As pessoas perderam suas casas, carros e suas histórias. Muitas vidas se esvaíram com as águas. A natureza não espera. Vamos criar uma política ambiental."

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