Uma declaração do presidente do MDB de Novo Hamburgo, Deiwid Amaral, publicada na edição desta terça-feira (20) do Jornal NH, repercutiu e evidenciou um clima não muito ameno no partido à medida em que avançam as tratativas para a eleição municipal de outubro. O MDB é o partido da prefeita Fatima Daudt e trabalha para se manter no poder.
Foto: Maíra Kiefer/CMNH
Na reportagem desta terça, Deiwid Amaral informou que o “ficha 1” do partido para disputar a Prefeitura continua sendo o secretário estadual de Agricultura e ex-prefeito de Campo Bom, Giovani Feltes. Mas confirmou que há outros nomes no radar, entre eles o empresário Paulo Kopschina.
Na semana passada Kopschina foi demitido do comando da Comur pelo conselho de administração da empresa pública liderada pela Prefeitura. Ele já vinha se colocando como pré-candidato do MDB e manteve a posição, frisando que o nome de consenso do partido continua sendo Feltes. Na reportagem publicada nesta terça o presidente do MDB diz que “quando ganhamos a eleição (interna) já tínhamos apontado o Kopschina como nosso pré-candidato”.
Deiwid Amaral disse que no próximo dia 29 o partido terá reunião interna para alinhar os preparativos para a eleição. Adiantou inclusive que tudo se encaminha para o MDB ter prévias, visto que o nome escolhido pela prefeita para concorrer, caso Giovani Feltes decline, é o da ex-prefeita de Dois Irmãos Tânia Terezinha. Atualmente ela é assessora de Fatima na Prefeitura. As prévias seriam entre março e abril, disse Amaral.
Nesta terça-feira (20), a vice-presidente do MDB de Novo Hamburgo, Andiara Zanella, reagiu às declarações do presidente emedebista. Frisou que discorda da declaração do presidente de que o partido teria o nome de Paulo Kopschina como pré-candidato neste momento.
“O papel da Executiva não é ter ‘candidato preferido’, mas receber os pré-candidatos e colocá-los em votação na convenção partidária, que ocorrerão entre julho e agosto deste ano”, destaca Andiara, contestando manifestação de Deiwid do Amaral.
Andiara também reforçou a importância da isenção da Executiva municipal. “O MDB tem a palavra democracia em seu próprio nome. Como líderes partidários, precisamos respeitar o papel que pertence ao Diretório na escolha do candidato do partido”, enfatiza.
Respeito à hierarquia
Primeiro vice-presidente do partido em Novo Hamburgo, o vereador Inspetor Luz se mostrou incomodado com a postura de Andiara, que é a segunda vice da legenda na cidade. “Ela é a terceira voz para falar em nome da executiva”, afirmou o político, ressaltando que ocupa dentro e fora do partido.
“Eu sou o primeiro vice-presidente e vereador titular, líder de bancada, não gosto de antecipar as coisas, mas também não gosto de ver as coisas sendo atropeladas”, afirmou o político em referência ao que chamou de hierarquia partidária.
Luz reafirmou a posição de Amaral, tanto reconhecendo que Feltes seria o nome capaz de unificar a legenda, uma espécie de “bandeira” branca emedebista. O vereador também apontou para a necessidade de realização de prévias na falta de um nome de consenso.
Sem se posicionar quanto aos possíveis postulantes à cabeça de chapa do MDB na disputa de outubro, Luz lembrou apenas que Feltes era seu nome favorito para a disputa já em 2012, e que mesmo o vice-governador, Gabriel Souza, já apontou o nome do atual secretário da Agricultura como o favorito do partido para concorrer à prefeitura de Novo Hamburgo.
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