Com atuação questionada desde o início da crise climática que atinge o Rio Grande do Sul, o senador Hamilton Mourão (Republicanos/RS) falou pela primeira vez sobre o assunto nesta sexta-feira (24). Disse que seria “desvio de função” estar na linha de frente do atendimento à população.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão afirmou que está trabalhando pelo Rio Grande do Sul desde o início da enchente. “E onde eu trabalho? No Parlamento em Brasília”, informou, dizendo que antes do alagamento do Centro de Porto Alegre chegou a fazer reuniões presenciais com autoridades gaúchas.
Mourão disse que, no dia 5 de maio, conseguiu retornar a Brasília via Florianópolis e, desde então, está focado em agilizar recursos para o Estado. “Estamos trabalhando muito. Inclusive nesta quinta fizemos, em Canoas, a primeira reunião da comissão especial do Senado criada para tratar da tragédia no RS”, disse.
Dizendo que é “uma pessoa discreta”, Mourão informou que já mandou “várias carretas de doações para o Rio Grande do Sul”. “Meu trabalho é contínuo e sem querer capitalizar politicamente”, assegurou. O senador disse que entende as críticas que vem recebendo, mas ponderou:
“Sou homem de 70 anos de idade. Quantos homens de 70 anos estão no meio da água aí”, disse o senador, justificando que estar na linha de frente do atendimento aos atingidos pela enchente seria “desvio de função”. “Não vejo isso como minha função”, argumentou.
LEIA TAMBÉM