O candidato Raizer Ferreira (PSDB) foi entrevistado na terça-feira (10), dentro da série promovida pela Central Grupo Sinos de Eleições com os candidatos à Prefeitura de Novo Hamburgo. Raizer foi o segundo participante do ciclo que teve ordem definida por sorteio.
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No estúdio multimídia da Rádio ABC 103.3 FM, com transmissão ao vivo em vídeo no site abcmais.com e no canal do Jornal NH no YouTube, o candidato respondeu durante 50 minutos perguntas de sete jornalistas da redação integrada sobre a cidade, projetos do plano de governo, disputa eleitoral e seus pontos de vista sobre polêmicas envolvendo seu nome.
Hoje, a partir das 12h10, ocorre a entrevista com a candidata Tânia da Silva (MDB), que foi prefeita de Dois Irmãos por dois mandatos e vereadora por três. Suplente de deputada, foi diretora da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo e assessora especial da prefeita Fatima Daudt.
Confira a seguir trechos da entrevista com Raizer:
Começaram a se intensificar os debates sobre o pleito, principalmente nas redes sociais. Inclusive com o senhor nominando um opositor, o vereador Gustavo Finck (PP), em uma troca de farpas. Comente essa relação, visto que vocês são colegas na Câmara.
Eu vejo no vereador Gustavo uma ansiedade muito grande e um despreparo para poder realmente colocar um pleito para ser candidato a prefeito. Até porque foi uma pessoa que mal conseguiu construir qualquer tipo de relação dentro da Câmara de Vereadores. Então a gente sempre teve um problema muito grande interno. E depois que começamos as eleições, parece que tem uma busca incansável pela minha candidatura, me derramando quase uma dezena de processos. Acredito que muito como estratégia pra fazer nossa campanha perder tempo respondendo essas questões jurídicas, do que de fato se ele estivesse preocupado em fazer a campanha dele.
O senhor teve um celular apreendido após denúncia de uso indevido de aparelho funcional da Câmara de Vereadores para distribuir material de campanha. Como está processo?
A gente apresentou as defesas, não houve má-fé no que aconteceu. Houve um disparo no início da campanha dizendo que as eleições começariam. Não houve pedido de voto, não houve nada neste sentido. Há um processo em tramitação na Câmara de Vereadores antes mesmo do início da campanha, por isso que eu digo que não houve má-fé, da transferência do número para o meu nome, pessoa física, e, até o disparo, não havia acontecido a transferência para o meu nome.
Uma postagem do senhor afirma que a água na Vila Palmeira não estaria própria para consumo, o que fez a Comusa se manifestar sobre a potabilidade e chamando a postagem de fake news, acionando a Justiça e o TRE-RS. O que aconteceu? De onde veio a informação?
Nós temos vídeos de dezenas de pessoas que foram internadas com prontuários. Pessoas que voltaram a consumir água da Comusa [após enchente]. Eu também abrirei uma denúncia para que a Comusa possa ir lá verificar o que está acontecendo. Uma coisa é você medir a água saindo aqui, outra coisa é, talvez pelas encanações ou não sei o que está acontecendo, outra coisa é chegar na casa das pessoas.
A postagem é de 17 de agosto, o que foi feito?
Foi feito o levantamento. Dentro dos contatos que fiz, até por requerimento, foi para que a Comusa verifique o estava acontecendo. Muitas pessoas estão dizendo que não está confiante para tomar [a água]. Eu tenho declarações, pessoas que têm registros de reclamações direto na Comusa e nós vamos denunciar também ao Ministério Público. Já que foi feita uma ação, nós vamos devolver com uma outra ação com os depoimentos das pessoas com identificação. O pedido é para que a Comusa verifique isso. E se tiver que visitar cada casa para entender, que faça, porque é necessário.
Como fomentar o comércio na área central de Novo Hamburgo? Seu plano de governo fala em revisar o Rotativo Digital…
Se você for no Centro e conversar com os lojistas, todos atribuem diretamente ao Rotativo a queda no consumo na região central. Tem outra situação que é a falta de segurança no Centro. Hoje temos uma quantidade enorme de pessoas em situação de rua e estão tomando conta da Praça do Imigrante. Então, temos que ter um serviço social que funcione junto com a segurança pública para que possamos entender a situação de cada pessoa. Sobre o estacionamento, por que não chamar empresários e criar uma tarifa menor para que ele possa oferecer esse serviço para quem vá consumir na loja dele? O Rotativo tem que funcionar, as pessoas não podem usar as vagas por 12 horas. Mas não pode ser balizador da retirada das pessoas.
O senhor foi secretário de Obras no governo atual e também líder do governo na Câmara. Hoje, o que diferencia seu projeto em relação a este governo?
O primeiro governo Fatima tinha muita vontade de aprender, porque praticamente todo mundo era da iniciativa privada, e de entregar serviço. O segundo governo a gente começou a ter diferenças muito grandes e que se tornaram irreconciliáveis, porque deixou de entregar o que a população precisava. Então, o que vai mudar? Vai mudar a capacidade de ouvir o cidadão e a capacidade de ter coragem de tomar as decisões.
O senhor propõe pavimentar as estradas Wallahay, Porto das Tranqueiras, Morro dos Bois e São Jacó, em Lomba Grande. Como fazer obras dentro do orçamento da cidade?
Há 240 quilômetros de estradas de chão na Lomba Grande. Falamos [em fazer] por trechos. Não tem como asfaltar toda Lomba nem oferecer essa condição dentro do orçamento. Cada quilômetro de estrada de chão ou em área rural hoje tem o valor de R$ 1 milhão investido. Se for em área urbana são R$ 2 milhões. Então, temos que buscar emendas parlamentares e financiamentos.
Estando na CPI dos Ônibus na Câmara, enxergando problema de perto, como resolver o problema dos usuários?
Nós temos um problema muito grave no transporte. Foi melhorada a situação não porque a secretaria teve a capacidade de fazer, mas porque a empresa assumiu a bronca, refez linhas e tomou conta. Foi assim que a gente entendeu, baseado em todas conversas que já tivemos. Ainda há problemas de atraso, mas pontuais. Ainda tem muito a se discutir e tenho certeza que precisa ser resolvido. Quero entender o que foi feito: diminuir quantidade de linhas e não atender a população foi para manter preço da passagem? Para não pedir subsídio à Câmara?
Qual vai ser a assinatura que, se eleito, o senhor vai deixar ao final do governo?
Ajuste no orçamento, trabalho, capacidade de ouvir as pessoas e trazer projetos que realmente atendam a necessidade lá na ponta. Muitas vezes os projetos são formados dentro do gabinete sem entender se vai atender a necessidade da comunidade. Eu sempre fiz de tudo para estar presente. Às vezes ouvir a população resolve problemas que tu nunca entenderia dentro de um gabinete e na maioria das vezes acontece isso.
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