Eleições
Irmãos são eleitos prefeitos e vão governar cidades vizinhas a partir de 2025
Feito histórico da família Rosa segue um legado deixado pelo pai da dupla, Pedro Luciano da Rosa
Última atualização: 07/10/2024 18:34
No dia 6 de outubro de 2024, mais um capítulo importante foi escrito na vida política da família Rosa, do Vale do Paranhana. Neste dia, os irmãos Airton Trevizani da Rosa (Alemão - PL), de 59 anos, e Alceu Trevizani da Rosa (PRD), de 67 anos, foram eleitos prefeitos de Riozinho e Rolante, respectivamente. O feito, conforme Alemão, é sobretudo uma homenagem ao pai dos dois, Pedro Luciano da Rosa (conhecido como Tio Pedrinho), que foi vereador nos dois municípios.
Alemão, nome usado por Airton nas urnas, foi eleito com 51,61% (2.033) dos votos ao lado de Adriano Bauer (União Brasil), e vai para seu terceiro mandato em Riozinho. Antes disso, havia sido prefeito de 2009 a 2013. Já Alceu, foi vereador por dois mandatos, vice-prefeito, e duas vezes secretário de saúde de Rolante. Mas esta, foi a primeira vez que concorreu à prefeitura, alcançando 52,13% (7.065) dos votos junto a Arthur Klein (PSDB).
“Tudo isso começou com nosso pai, o Tio Pedrinho. Ele era um político nato, sempre foi eleito e nos levou para a política, então a comemoração foi muito grande. A vitória foi oferecida a toda a população de Riozinho e Rolante, mas também ao nosso pai que está lá em cima com certeza celebrando por nós”, comenta Alemão.
Retorno à política
Depois de ser vereador nas décadas de 1980 e 1990, de ter sido vice-prefeito em 1997 e secretário nos anos 2000, Alceu estava fora da política e precisou ser convencido por Alemão a retornar à vida pública. “Agora, como a gente entendia que precisava de uma mudança na cidade, eu liderei um grupo que pensava nisso. Dei meu nome meio na brincadeira, mas ficou sério. Penso que quem ganha a eleição não é um candidato, mas toda a sua equipe”, declarou.
A vitória, apesar da confiança, acabou surpreendendo porque ele concorria contra o atual prefeito. “Achei que seria mais apertada, mas ficamos mais de mil votos na frente”, conta. Agora, ele pensa em governar visando uma integração com Riozinho. “É uma alegria muito grande ter sido eleito e meu irmão também. A gente precisa fazer um trabalho entre vizinhos, trabalhar integrados para ajudar os dois municípios de forma conjunta. Meu pai foi muitas vezes político e temos isso no sangue”, concluiu.
“Um legado que não pode ser esquecido”
Ainda falando sobre o pai, Alemão relembra uma eleição na década de 1970, quando só haviam os partidos Arena e PMDB. Tio Pedrinho (PMDB) morava no interior de Riozinho e, na sessão de Arroio do Tigre, fez todos os 99 votos possíveis. “Ele não deixou nenhum voto para outros candidatos. Nunca vi nada igual. Ele nunca quis concorrer a prefeito porque só tinha o primeiro ano do primário, então preparou a gente para seguir neste caminho. É um legado que não pode ser esquecido”, detalha o prefeito eleito de Riozinho.
A vitória nas urnas, contudo, não foi fácil. Alemão e Alceu enfrentaram os atuais prefeitos Marquinhos (PDT) e Pedro Rippel (PP), que buscavam as reeleições em Riozinho e Rolante. “A gente sabia que seria difícil, o Alceu nem queria se candidatar, mas o convenci no início do ano e deu certo. Aqui em Riozinho, todos os ex-prefeitos apoiavam o adversário, então foi uma grande vitória”, afirma Alemão.
O primeiro encontro dos prefeitos eleitos ocorreu ainda na noite de domingo (6). Após cada um fazer sua festa, Alemão foi até Rolante e encontrou com Alceu na Rua Coberta do município.
Laços familiares
Airton Trevizani da Rosa, o Alemão é casado com Raquel Másea da Rosa e tem três filhos. É formado em Contabilidade e Administração de Empresas, tendo uma firma de calçados desde 2001. Já Alceu Trevizani da Rosa é casado com Arlete da Rosa e é pai de cinco mulheres. Também é formado em Administração de Empresas e possui uma rádio em Rolante. Os dois ainda têm Dirceu, Marlene e Beatriz como irmãos.
O pai da dupla de prefeitos faleceu em 2013. “Ele estava doente em 2012, mas não queria ir ao médico porque dizia que tínhamos que pensar na reeleição. Só depois disso é que ele aceitou se tratar”, conta Alemão. Já a mãe faleceu em janeiro de 2000.