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ABASTECIMENTO

Para evitar alta de preços, Brasil vai importar 1 milhão de toneladas de arroz

Medida provisória permiti, inicialmente, a importação de arroz de países do Mercosul

Joceline Silveira
Publicado em: 10/05/2024 às 12h:00 Última atualização: 10/05/2024 às 18h:54
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 A tragédia ambiental no Rio Grande do Sul gerou mais uma consequência para o país. Nesta quinta-feira (9) foi publicada, em edição extra do Diário Oficial (DOU), a medida provisória que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, a importar de 1 milhão de toneladas de arroz para suprir as perdas com as inundações do estado.

Grãos de arroz convencionais.Cientistas criaram uma forma de cultivar células bovinas de músculo e gordura dentro dos grãos, o que iria baratear custo e diminuir pegada ambiental | abc+



Grãos de arroz convencionais.Cientistas criaram uma forma de cultivar células bovinas de músculo e gordura dentro dos grãos, o que iria baratear custo e diminuir pegada ambiental

Foto: Adobe Stock

O governo federal quer evitar o aumento dos preços do produto em meio as enchentes que assolam o RS, já que o estado é o principal produtor do grão no país.

O Rio Grande do Sul produz 70% de todo o arroz no Brasil. A previsão neste ano era de uma safra de 7,4 milhões de toneladas, mas esse cálculo foi feito antes das chuvas.

Na terça-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia antecipado que o governo estudava uma medida visando a importação: “Agora, com a chuva, acho que atrasamos de vez a colheita (do arroz) do Rio Grande do Sul. Se for o caso para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz, vai ter que importar feijão para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, disse ao programa do governo federal “Bom dia, presidente”.

Evitar a elevação de preço

Conforme a Conab, a primeira leva será de 200 mil toneladas de arroz descascado e ensacado, para agilizar sua distribuição. A compra será realizada por meio de leilões públicos a preço de mercado, inicialmente aberto aos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai e Bolívia. Os estoques serão destinados, preferencialmente, à venda para pequenos varejistas. 

“Além de não deixar faltar arroz, nós vamos também, com esta medida, garantir que o preço não suba em função da especulação de alguém que queira se aproveitar da situação que vive o Rio Grande do Sul. É importante dizer que nós não vamos trazer tudo de uma vez só, para também não competir com a produção local. Nós queremos proteger os nossos agricultores, mas estamos agindo com atenção para não deixar que o preço fique alto para os consumidores”, afirmou em nota o presidente da Conab, Edegar Pretto.

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