O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça-feira (21) que a corte, no momento, não avalia alterar o calendário das eleições municipais de outubro no Rio Grande do Sul, mesmo com o desastre climático derivado das chuvas que ainda castigam o estado. “Não há nenhuma previsão, nenhuma discussão de qualquer adiamento das eleições no Rio Grande do Sul”, esclareceu Moraes na abertura da sessão da Corte Eleitoral.
“Nós estamos em maio, todas as providências estão sendo tomadas no âmbito do governo do estado do Rio Grande do Sul e do governo federal para obviamente se não o retorno total do que era antes dessa devastação pela inundação, para que haja a normalidade, o retorno do mínimo normal da rotina”, prosseguiu.
Segundo o magistrado, as eleições municipais estão mantidas, mesmo com o desastre climático. “As eleições ocorrerão normalmente, assim como em todo o Brasil”, enfatizou. Ademais, observou o ministro, não houve até o momento nenhum dano estrutural no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) ou nos juízos eleitorais que impeçam a realização do pleito em outubro. O primeiro turno está marcado para o dia 6 do mês.
Na terça-feira (21) o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul informou que o número de urnas eletrônicas danificadas pela enchente pode chegar a 8 mil, aparelhos, quê, de acordo com o magistrado, poderão ser substituídas pelo TSE.
TRE calcula perda de até 8 mil urnas com a enchente no Rio Grande do Sul
Continuidade das gestões
Questionado sobre a possibilidade de adiamento do pleito municipal, o governador Eduardo Leite (PSBD), disse que seria importante a continuidade das gestões municipais no Estado.
Na opinião do governador, a troca de governos municipais pode atrapalhar o processo de reconstrução de dezenas de cidades gaúchas. “O próprio debate eleitoral pode acabar dificultando a recuperação”, disse em entrevista ao jornal O Globo na última segunda-feira
(20).
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