RECONSTRUÇÃO

CATÁSTROFE NO RS: Águas baixam e Taquara começa a calcular prejuízos causados pelas chuvas

Município do Vale do Paranhana já registra R$ 65 milhões em prejuízos com a enchente

Publicado em: 07/05/2024 19:00
Última atualização: 08/05/2024 10:07

Com a cidade arrasada pelas chuvas e inundações, a estimativa dos prejuízos em Taquara ultrapassa a marca dos R$ 65 milhões entre danos públicos e privados, segundo o governo municipal. O número, diante do cenário sem precedentes, pode aumentar. “Os danos causados pela enchente são um desafio sem precedentes, mas estamos confiantes na resiliência e na capacidade da nossa comunidade em se reerguer”, afirmou a prefeita Sirlei Silveira (Republicanos).


Retroescavadeira recolhe resíduos em Taquara Foto: Prefeitura Taquara/Divulgação

Banhada por cinco rios (dos Sinos, Padilha, da Ilha, Paranhana e Rolante) e por mais 25 arroios que pertencem à bacia hidrográfica do Rio dos Sinos, na Região Hidrográfica Atlântico Sul, a cidade do Vale do Paranhana contabilizava na última segunda-feira (6) 229 pessoas desabrigadas, recebendo assistência em três abrigos municipais, além do Albergue Municipal e duas igrejas evangélicas. Os dados são do Departamento de Calamidade do Sistema Único de Assistência Social (Suas).


Perdas no campo


O excesso de chuva também causou prejuízos ao setor produtivo, principalmente a agropecuária. Com base em estimativa feita pela Secretaria de Meio Ambiente, Defesa Civil e Causa Animal, os prejuízos são estimados em mais de R$ 52 milhões. No que diz respeito a produção de hortaliças aproximadamente 100% da área cultivada foi afetada. “Quanto às lavouras, houve perdas significativas naqueles que não conseguiram colher todo o arroz, milho (grãos ou silagem) e também na cultura do aipim”, detalha o secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Gilson Redin.


Conforme Redin, a erosão do solo foi muito grande, e esse é o maior prejuízo, causando problema nas produções futuras. “Certamente serão anos para recuperar a capacidade de produção dos solos que tiveram a erosão da camada produtiva”, avalia.

Problemas estruturais

O cenário não é diferente na infraestrutura da cidade com a destruição das pontes Padilha Velha e pênsil Três Irmãos, do bueiro tubular em Morro Pelado e danos nas pontes Padilha, Açoita Cavalo, Morro Pelado, no bueiro tubular da Estrada da Grota - Pega Fogo, nas pontes Vila Teresa, na ponte interna Taquara -Parobé, na ponte pênsil Vila Teresa e na contenção da ponte na divisa com Igrejinha.

Além disso, foram registrados deslizamentos de terra em diversos pontos do município. Apenas com os reparos em pontes, bueiros e deslizamentos de terra, estima-se um prejuízo de cerca de R$ 1,3 milhão. “Para a reconstrução e restabelecimento desses pontos, certamente os valores serão muito superiores, haja vista que há locais com danos consideráveis, mas a estrutura não colapsou, embora tenha comprometido e deverá ser reconstruída por completo”, projeta o secretário da pasta de Meio Ambiente, Defesa Civil e Causa Animal, Matheus Modler.

A situação também é delicada nas escolas, moradias, comércio e indústria. A estimativa é que seja necessário investimento de R$ 312 mil para recuperação das duas instituições ensino afetadas e as cerca de 2840 unidades habitacionais atingidas, somando-se aos prejuízos no comércio e na indústria.

Balanço


No total, os danos públicos alcançam cerca de R$ 1.350.000,00, enquanto os danos privados chegam a R$ 64.179.825,00. 

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