Candidato a vereador agradece votos mesmo sem ter sido eleito em São Leopoldo

Quem passou pelo semáforo na esquina entre a Rua São Joaquim e a Avenida João Corrêa se deparou com uma cena inesperada na tarde desta segunda-feira (14), no Centro de São Leopoldo. O advogado e ex-candidato a vereador Luciano Viegas (Novo), embora não tenha sido eleito, decidiu agradecer pelos 586 votos obtidos no mesmo ponto em que ele divulgou os panfletos de sua campanha.

"Tenho mais é que agradecer, porque as pessoas se dispuseram, se interessaram em me conhecer. Porque é difícil: às vezes a pessoa chega na hora, no dia, e não tem nem candidato", comenta Viegas, que pretende permanecer no local até às 18h. "Eu não tenho como agradecer todo mundo, porque nem sei exatamente quem são as pessoas, mas é para elas saberem que alguém se importa", continua.

O candidato, que disputou uma eleição pela primeira vez em sua vida, relata que precisou ser criativo em sua campanha, devido à limitação de recursos para o partido estreante no município. "Foi até inesperada a minha aceitação no partido, e como a verba era pouquinha, tive que usar a imaginação. E o que eu fiz? Vim para a sinaleira, nessa sinaleira aqui, e fiquei as três semanas que eu tinha panfletando, parando as pessoas e conversando", lembra.

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"Eu achei as pessoas muito receptivas, todos falavam comigo, davam um tempo, paravam, conversavam, e então eu acredito que quem conversou comigo, acabou votando em mim mesmo, acreditou em mim", continua. Luciano Viegas, que também divulgou sua campanha pelo Instagram, acredita que os votos não vieram de lá. "Meu Instagram era só eu, minha esposa e minha filha, não tinha ninguém. E hoje eu tenho 194 seguidores, que eu nem tinha. Então como os votos não vieram dali, eu pensei 'não, foi da sinaleira'", pondera.

Candidato pretendia lutar por educação financeira nas escolas

"Se eu tivesse entrado, eu seria vereador até dos que não votaram em mim", afirma Luciano Viegas. Caso tivesse sido eleito, o primeiro projeto que ele tentaria obter aprovação na Câmara seria para propiciar educação financeira nas escolas públicas. 

"Teria a aula normal, e no contraturno, instrução financeira. Por que instrução financeira? Porque a pessoa tem que entender como funciona a matemática financeira, para ela não depender de ninguém na vida", defende. "Eu também lutaria pelo esporte, porque o esporte aglutina pessoas, ensina a lidar com equipes, com diferenças e ajuda a saber se relacionar bem", completa.