O vizinho que mora em frente a casa que foi palco de um intenso tiroteio na Rua Adolfo Jaeger, em Novo Hamburgo, relatou que já havia tentado falar com o atirador, identificado com Edson Fernando Crippa, 45 anos. “Certa vez, deu um vento muito forte e destelhou minha casa. As telhas voaram até a frente do pátio deles [família do atirador] e eu estava a perícia do seguro vir, por isso não recolhi. Daí, olhei pela janela e ele [Edson] estava abaixado, recolhendo as telhas. Fui até lá e expliquei a situação, mas ele não disse nada, ficou calado.”
Mais recentemente, também notou um comportamento estranho. “Outro dia passei por ele e ficou me encarando. O pai dele [Eugenio Crippa] dando risada ao lado. E o pai foi morto né?” O ataque a tiros deixou três pessoas mortas. Além de Eugenio, o irmão do atirado, Everton Luciano Crippa, 49 anos, e o policial militar Everton Kirsch Júnior, 31, também morreram. Outras oito pessoas foram levadas para hospitais no Vale do Sinos.
Outra observação da testemunha é relacionada ao comportamento da família. “Eu observava que todos os anos eles pintavam a casa, limpavam as telhas. Sempre o rapaz [Edson], o pai ficava meio de longe, assistindo”, completou.
Até as 14 horas, além das três vítimas, o atirador também havia morrido. Entre os familiares, a mãe de Edson, Cléris Crippa, e a cunhada dele, Priscila Martins, também estavam internadas em estado grave. Outros dois policiais militares e um guarda municipal seguiam em estado grave.
LEIA TAMBÉM