Um homem de 37 anos foi preso na manhã desta quarta-feira (12), no bairro Barro Vermelho, em Gravataí. Conforme a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Fernanda Generali, ele trabalhava como vigilante em uma escola de ensino fundamental do município.
O homem é suspeito de estupro de vulnerável e pedofilia praticado contra crianças e adolescente. No entanto, segundo a delegada, as vítimas não estudavam na escola em que ele trabalha. “As vítimas tinham contato com ele via ambiente familiar.”
De acordo com a Polícia Civil, ele já respondia por outros três crimes da mesma gravidade. A última denúncia aconteceu no fim de maio, quando a mãe da vítima foi até a Deam de Gravataí. No relato da mãe da menina percebeu que sofria abuso do vizinho quando assistiu uma palestra relacionada ao assunto na escola.
“A menina relatou que as investidas do agressor sessaram apenas no momento que teve sua primeira menstruação”, diz a delegada. Fernanda Generali reitera que há 11 anos, portanto, em 2013, já havia informações sobre a conduta do homem.
Dez anos mais tarde, em 2023, a mãe de uma criança de 4 anos, comadre do criminoso, denunciou o preso por abusos sexuais. No mesmo ano, em outra denúncia, ele teria praticado o crime contra a sobrinha de 13 anos. Todos os casos foram em Gravataí onde ele foi indiciado pela Polícia Civil. “Está respondendo criminalmente por todas essas condutas”, confirma a delegada.
Prisão preventiva
Concursado, o homem é vigilante em escolas municipais de Gravataí, fato que chamou a atenção da Deam. “Assim, solicitamos a prisão preventiva como medida cautelar, já que existem elementos concretos da prática de delitos hediondos contra crianças e adolescentes”, explica Fernanda.
A prisão foi deferida pelo Judiciário. “Pelo ambiente em que trabalhava, havia risco reiterado de condutas semelhantes.” A prefeitura de Gravataí foi contatada pela reportagem e afirmou estar ciente da situação e que vai divulgar uma nota oficial sobre o caso. A manifestação não havia sido publicada até as 15h45.
O nome do suspeito e da escola não foi revelado pelas autoridades para preservar a identidade das vítimas.
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