Novo Hamburgo
Vigaristas inovam no velho golpe do bilhete premiado
Comovida por drama de saúde, mulher de 65 anos dá R$ 6,5 mil para estelionatários
Última atualização: 18/04/2024 17:00
O antigo golpe do bilhete premiado sobrevive com histórias cada vez mais criativas. E não para de fazer vítimas. A nova estratégia dos vigaristas é apelar para situações tristes relacionadas a problemas de saúde. Foi a maneira para tirar R$ 6,5 mil de uma aposentada de 65 anos no início da tarde desta terça-feira, na Avenida Doutor Maurício Cardoso, em Novo Hamburgo. “Eu já tinha ouvido falar muito desse golpe do bilhete e jamais pensei que fosse cair. Mas eles me envolveram de uma forma que não sei explicar”, relata a hamburguense. Idosas são o alvo preferido dos estelionatários.
Geralmente a pessoa é abordada por um homem que se faz de ignorante e pede ajuda para encontrar um endereço. Desta vez, por volta das 12h30, o golpista também se fez de coitado, mas com um breve relato de doença. “Eu estava perto do Centro Clínico Regina. Esse senhor simples falou de seus problemas, perguntou se eu conhecia um lugar que vendia remédios por ali e me deu um papel.”
O BOTE
Sensibilizada, a vítima tentava ajudar quando foi interrompida por outro homem. “Não tinha nada a ver com o primeiro. Esse era bonitão, bem vestido e com boa conversa. Olhou o bilhete e, no viva-voz, disse que estava ligando para a Caixa. Do outro lado da linha, uma pessoa falou que estava contemplado com R$ 4 milhões.” O “pobre ganhador”, assustado, pediu ajuda. O comparsa ofereceu apoio e convenceu a mulher a fazer o mesmo. Ao embarcar no carro do “bonitão”, ela caiu de vez na teia dos vigaristas.
"Eu só estava pensando em ajudar", lamenta aposentada
No carro, cujo modelo a vítima nã o soube identificar, o motorista começou a falar para o falso ganhador que não precisava se preocupar, pois estava com pessoas honestas, de confiança. “Era um teatro muito convincente. Ele abriu a carteira e mostrou uma série de cartões de crédito para dizer que tinha posses e não precisava da recompensa oferecida pela ajuda. Chegou a mostrar uma bolsa com muitos dólares”, conta.
Envolvida, a mulher foi questionada se não tinha nada. “Me levaram ao banco no bairro Canudos. Saquei e dei R$ 6,5 mil.” Ela só se deu conta de que havia caído em um golpe quando os homens fugiram com o dinheiro. “Eu só estava pensando em ajudar”, lamentou a aposentada, que é viúva e mora sozinha.
"Desconfie sempre", orienta delegado
O delegado da 1a DP de Novo Hamburgo, Tarcísio Kaltbach, tem orientação básica. “Não acredite em histórias mirabolantes contadas por estranhos e desconfie sempre do ganho fácil.” Segundo ele, a pessoa deve se perguntar porque justamente ela foi a escolhida. “Os estelionatários caracterizam-se pela conversa sedutora, que envolve as pessoas. Por isso, quanto mais a vítima raciocinar e desconfiar, mas condições terá de discernimento.” Na manhã de 27 de maio, a 1a DP de São Leopoldo prendeu dois homens e uma mulher que seriam responsáveis por uma onda do golpe do bilhete premiado no Vale do Sinos. Além de São Leopoldo e Novo Hamburgo, o trio teria lesado mulheres em Estância Velha e Ivoti. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados porque o grupo ainda está sob investigação.
O antigo golpe do bilhete premiado sobrevive com histórias cada vez mais criativas. E não para de fazer vítimas. A nova estratégia dos vigaristas é apelar para situações tristes relacionadas a problemas de saúde. Foi a maneira para tirar R$ 6,5 mil de uma aposentada de 65 anos no início da tarde desta terça-feira, na Avenida Doutor Maurício Cardoso, em Novo Hamburgo. “Eu já tinha ouvido falar muito desse golpe do bilhete e jamais pensei que fosse cair. Mas eles me envolveram de uma forma que não sei explicar”, relata a hamburguense. Idosas são o alvo preferido dos estelionatários.
Geralmente a pessoa é abordada por um homem que se faz de ignorante e pede ajuda para encontrar um endereço. Desta vez, por volta das 12h30, o golpista também se fez de coitado, mas com um breve relato de doença. “Eu estava perto do Centro Clínico Regina. Esse senhor simples falou de seus problemas, perguntou se eu conhecia um lugar que vendia remédios por ali e me deu um papel.”
O BOTE
Sensibilizada, a vítima tentava ajudar quando foi interrompida por outro homem. “Não tinha nada a ver com o primeiro. Esse era bonitão, bem vestido e com boa conversa. Olhou o bilhete e, no viva-voz, disse que estava ligando para a Caixa. Do outro lado da linha, uma pessoa falou que estava contemplado com R$ 4 milhões.” O “pobre ganhador”, assustado, pediu ajuda. O comparsa ofereceu apoio e convenceu a mulher a fazer o mesmo. Ao embarcar no carro do “bonitão”, ela caiu de vez na teia dos vigaristas.
"Eu só estava pensando em ajudar", lamenta aposentada
No carro, cujo modelo a vítima nã o soube identificar, o motorista começou a falar para o falso ganhador que não precisava se preocupar, pois estava com pessoas honestas, de confiança. “Era um teatro muito convincente. Ele abriu a carteira e mostrou uma série de cartões de crédito para dizer que tinha posses e não precisava da recompensa oferecida pela ajuda. Chegou a mostrar uma bolsa com muitos dólares”, conta.
Envolvida, a mulher foi questionada se não tinha nada. “Me levaram ao banco no bairro Canudos. Saquei e dei R$ 6,5 mil.” Ela só se deu conta de que havia caído em um golpe quando os homens fugiram com o dinheiro. “Eu só estava pensando em ajudar”, lamentou a aposentada, que é viúva e mora sozinha.
"Desconfie sempre", orienta delegado
O delegado da 1a DP de Novo Hamburgo, Tarcísio Kaltbach, tem orientação básica. “Não acredite em histórias mirabolantes contadas por estranhos e desconfie sempre do ganho fácil.” Segundo ele, a pessoa deve se perguntar porque justamente ela foi a escolhida. “Os estelionatários caracterizam-se pela conversa sedutora, que envolve as pessoas. Por isso, quanto mais a vítima raciocinar e desconfiar, mas condições terá de discernimento.” Na manhã de 27 de maio, a 1a DP de São Leopoldo prendeu dois homens e uma mulher que seriam responsáveis por uma onda do golpe do bilhete premiado no Vale do Sinos. Além de São Leopoldo e Novo Hamburgo, o trio teria lesado mulheres em Estância Velha e Ivoti. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados porque o grupo ainda está sob investigação.
Geralmente a pessoa é abordada por um homem que se faz de ignorante e pede ajuda para encontrar um endereço. Desta vez, por volta das 12h30, o golpista também se fez de coitado, mas com um breve relato de doença. “Eu estava perto do Centro Clínico Regina. Esse senhor simples falou de seus problemas, perguntou se eu conhecia um lugar que vendia remédios por ali e me deu um papel.”
O BOTE
Sensibilizada, a vítima tentava ajudar quando foi interrompida por outro homem. “Não tinha nada a ver com o primeiro. Esse era bonitão, bem vestido e com boa conversa. Olhou o bilhete e, no viva-voz, disse que estava ligando para a Caixa. Do outro lado da linha, uma pessoa falou que estava contemplado com R$ 4 milhões.” O “pobre ganhador”, assustado, pediu ajuda. O comparsa ofereceu apoio e convenceu a mulher a fazer o mesmo. Ao embarcar no carro do “bonitão”, ela caiu de vez na teia dos vigaristas.