Imagens de câmeras de monitoramento mostram o que aconteceu antes do incêndio, na última segunda-feira (16), na Rua Condé de Figueira, no bairro Operário, em Novo Hamburgo.
No local, após o combate às chamas, o corpo de Antônio Carlos de Mello, de 47 anos, foi encontrado pelos Bombeiros.
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Pelas imagens, obtidas com exclusividade pelo ABCmais nesta quinta-feira (19), é possível observar uma movimentação suspeita de pessoas no imóvel na noite anterior ao incêndio.
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Contudo, as imagens mais reveladoras mostram um homem entrando e saindo da residência na manhã do dia 16, minutos antes de os vizinhos perceberem que a casa estava em chamas.
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O homem chega por volta das 6 horas e deixa o imóvel por volta das 6h15. No momento da saída, ele carregava um objeto coberto por panos. A televisão da residência não foi encontrada pela família, nem mesmo entre os destroços do incêndio.
Outra imagem, por volta das 6h40, mostra novamente um homem saindo da residência, com o passo apressado. Este homem usa boné e carrega uma mochila.
Suspeita é de que agressões justifiquem gritos escutados por vizinhos
As imagens de câmeras de segurança já estão em poder da Polícia Civil. O delegado da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Novo Hamburgo foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre o caso.
A suspeita é de que Antônio Carlos de Mello pode ter sido espancado pelo homem flagrado deixando a residência. Essa tese ganha respaldo pelos gritos ouvidos por vizinhos momentos antes do incêndio começar. Contudo, a Polícia ainda investiga as circunstâncias do caso.
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Segundo vizinhos, o incêndio começou por volta das 6h40 da segunda-feira (16). Antes de as chamas e a fumaça serem percebidas, os vizinhos ouviram Mello gritar. “Por volta das 6h30, meu marido escutou o vizinho gritar alto, muitos gritos, mas não eram pedidos de socorro, e ainda não havia sinal de incêndio”, afirma Lígia Adams, 49, que reside em frente ao imóvel incendiado.
A moradora conta que, poucos minutos depois, ela e o marido perceberam fumaça no céu e um cheiro de queimado, momento em que detectaram que a casa estava pegando fogo. “Meu marido e um outro vizinho ainda foram até a porta com mangueiras de jardim para tentar apagar o fogo, mas as chamas já estavam altas e se espalharam por toda a casa”, explicou a vizinha no dia da ocorrência.
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