VIOLÊNCIA
VÍDEO: PM agride educador de ONG perto de abrigo em São Leopoldo
Polícia investiga caso que ocorreu na noite de quinta-feira e deixou um ferido
Última atualização: 14/06/2024 18:46
Um educador social da ONG Família Atos 29 foi agredido por um policial nas proximidades de um abrigo de São Leopoldo na noite dessa quinta-feira (13). O caso foi gravado e repercute nas redes sociais.
O fato ocorreu em um posto de gasolina perto do abrigo do Centro de Eventos. Nas imagens, gravadas pela equipe da ONG, a vítima, Felipe Moraes dos Santos, de 23 anos, aparece de pé, ao lado de outros homens enquanto era interrogado por um Policial Militar (PM), que teria se identificado como sendo da Força Nacional, e que afirmou ter visto um homem utilizando drogas. Testemunhas que tentaram contê-lo também teriam recebido empurrões e cotoveladas, segundo relatório produzido pela equipe da ONG.
Em outra imagem enviada à reportagem pelo coordenador da Família Atos 29, Guilherme Andrade Farias Correa, durante a confusão, outro homem aparece na tentativa de puxar outra voluntária, alegando que ela o teria chamado de "lixo". A vítima registrou a agressão na Polícia Civil, que investiga o caso.
Veja o vídeo:
Veja o que dizem a Brigada Militar e a prefeitura de São Leopoldo:
Em nota, a Brigada Militar afirma que os policiais envolvidos na ocorrência estão afastados até que sejam esclarecidos os fatos. Veja na íntegra:
"A Brigada Militar, por meio do Comando Regional do Vale do Rio dos Sinos, informa que já havia instaurado um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias de uma abordagem policial ocorrida em um abrigo de São Leopoldo, antes mesmo da divulgação de um vídeo que circula nas redes sociais veiculando imagens de pessoas sendo agredidas por policiais militares.
Todos os policiais envolvidos na ocorrência estão afastados das suas atividades operacionais até o esclarecimento dos fatos.
A Brigada Militar reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, atuando diuturnamente em defesa da sociedade."
A prefeitura de São Leopoldo, também em nota, afirmou que repudia qualquer forma de violência. Veja na íntegra:
"A Prefeitura de São Leopoldo informa que tomou conhecimento de um caso de agressão na noite desta quinta-feira, 13 de junho, em um posto de combustível, na Avenida São Borja, em frente ao Centro de Eventos, local que vem servindo como um dos abrigos municipais diante da maior tragédia climática que estamos enfrentando.
Segundo os relatos e imagens da ONG, a agressão ocorreu por parte de uma guarnição da Brigada Militar à colaboradores da ONG Atos 29, que é prestadora de serviços nos abrigos municipais.
Nossa Secretaria de Assistência Social (SAS), acompanhou o desdobramento do ocorrido devido à relação de parceria estabelecida com a entidade para apoio e gerenciamento dos abrigos municipais, dando apoio nas providências e encaminhamentos legais relacionadas aos fatos, inclusive para exame de lesão corporal. Além disso, orientou a vítima a solicitar o termo circunstanciado elaborado pela Brigada Militar.
Cabe ressaltar que todas as forças de segurança têm cumprido um papel extraordinário neste período de maior crise em que estamos vivendo, atendendo a comunidade nas suas demandas e numa relação de cooperação e harmonia, tal fato destoa completamente disso, e repudiamos toda e qualquer forma de agressão e truculência, e confiamos na devida apuração dos fatos pelas autoridades competentes."