Mais um caso estarrecedor de abusos cometidos contra crianças veio à tona nesta quinta-feira (26), quando a Polícia Civil divulgou a prisão de um empresário, suspeito de pedofilia, que armazenava no apartamento em que vivia mais de 200 mil arquivos de recém-nascidos, bebês e crianças em situações de pornografia infantil.
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Conforme o delegado responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, Maurício Barison, a prisão é importante porque serve de alerta para uma rede que movimenta milhões no mundo inteiro, por meio de fotografias e vídeos compartilhados na Internet.
“Não são apenas 200 mil arquivos, mas 200 mil crianças sequestradas e abusadas por uma rede que movimenta milhões em países da Europa e Ásia”, afirma. “Ele [o suspeito] baixava compulsivamente este tipo de material. Então, era um consumidor que alimentava essa rede.”
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Conforme Barison, diferentemente de outros casos investigados de armazenamento e compartilhamento de material envolvendo pornografia infantil, as vítimas que aparecem nas imagens passaram por um sofrimento intenso causado por agressores.
“Ficamos chocados com o que encontramos, porque eram imagens de menores sendo torturados sexualmente de maneira que é difícil até de comentar com alguém”, avalia. “É muito triste que crianças passem por esse tipo de agressão.”
Veja o vídeo do delegado
Entenda o caso
A Polícia Civil prendeu um empresário de 37 anos na manhã desta quinta-feira em um condomínio no bairro Fátima, em Canoas, após encontrar arquivos que mantinha armazenados com milhares de fotografias e vídeos de pedofilia. Foram mais de 200 mil arquivos encontrados.
Com a apreensão, o homem se tornou o maior armazenador já encontrado no Estado. Segundo o delegado, a investigação durou aproximadamente nove meses e indicou que o suspeito fazia downloads de arquivos da Internet e os armazenava em diversos dispositivos, como notebooks e HDs externos, com a finalidade de dificultar a localização.
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“O que chamou a nossa atenção foi a quantidade expressiva de arquivos e o perfil grotesco das imagens e vídeos, muitas inclusive envolvendo abusos sexuais de recém-nascidos, bebês e crianças”, explicou. “Muitas das imagens tinham símbolos religiosos envolvidos.”
No local, os técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) iniciaram por volta das 6 horas as varreduras digitais nos dispositivos que o suspeito mantinha no apartamento em que vivia. O trabalho só terminou por volta 11 horas.
Canais de denúncia
– Disque 100
– Site do Ministério dos Direitos Humanos
– Delegacia Estadual da Criança e do Adolescente (POA) – (51) 2131-5700
– Departamento Estadual da Criança e do Adolescente – 0800-642-6400 ou (51) 98444-0606 (WhatsApp/Telegram)
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– Brigada Militar – 190
– Polícia Civil – Denúncia On-line