CRIME BRUTAL

Veja quem foi condenado por tortura e morte de advogado gaúcho em Florianópolis; relembre o caso

Carlos Eduardo Martins Lima, o "show man" foi assassinado em 2022; ex-noiva foi a mandante

Publicado em: 12/04/2024 09:13
Última atualização: 12/04/2024 09:39

A gaúcha Janaína Ribeiro, 46 anos, foi condenada nesta semana a 16 anos de prisão pela Justiça de Santa Catarina. Ela está presa desde o dia 29 de março de 2022, acusada de ser a mandante da morte do advogado Carlos Eduardo Martins Lima, à época com 31 anos. O assassinato aconteceu no dia 2 de março, em Florianópolis.


Carlos Eduardo Martins Lima, conhecido como "show man", foi assassinado em março de 2022, em Florianópolis Foto: Arquivo Pessoal

Janaína estava na capital catarinense passando o carnaval ao lado do ex-noivo em Jurerê Internacional. Outras pessoas também acompanharam a dupla durante a estadia. Mais dois suspeitos presos há dois anos acabaram condenados pela Justiça. Lúcio Munhoz da Silva, foi sentenciado a 16 anos, enquanto Alan Voltz Machado, recebeu a pena de 12 anos.

A pena de Alan foi inferior aos outros dois réus pelo fato do júri ter entendido que ele deferiu golpes em Carlos Eduardo sob “violenta emoção”, já que teve a vida da filha ameaçada pelo advogado. Alan e Lúcio trabalhavam como seguranças do gaúcho, conhecido pelo apelido de “show man”, devido à vida de ostentação nas redes sociais.

O crime

Carlos Eduardo foi encontrado morto no bairro Rio Vermelho, próximo à praia dos Ingleses. Advogado criminalista, ele morava e atuava no município de Gravataí, na região metropolitana.

Conforme a Polícia Civil, o criminalista estava passando o feriadão de carnaval na capital catarinense e se hospedou em até quatro locais diferentes, todos no norte da ilha. Por último, o advogado estava em um apartamento na praia da Barra da Lagoa com a ex-noiva, Janaína Ribeiro, e outros conhecidos da dupla.

O carro da vítima, uma BMW branca, foi localizado no mesmo bairro em que estava o corpo. O delegado Enio de Oliveira, titular da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, disse que foi possível verificar marcas de sangue no veículo.


Local onde foi encontrado corpo de advogado gaúcho em 2022 Foto: Polícia Civil/Divulgação

De acordo com as investigações, os Alan e Lúcio teriam auxiliado na dinâmica do crime, planejado por Janaína. Carlos Eduardo teria saído para comprar cocaína e foi morto em uma emboscada, sendo agredido e torturado segundo laudos da autópsia do corpo.

Defesas

A defesa de Janaína afirmou que respeita a decisão da Justiça, mas irá recorrer. O advogado Douglas Virgínio da Rocha afirmou que a cliente era constantemente agredida por Carlos Eduardo. Ele ainda reitera que a ex-noiva trabalhava como cabeleira, não tendo condições de pagar os R$ 50 mil pelo crime, como foi dito julgamento.

Quem também deve recorrer da sentença é Alan Voltz, a advogada Luiza Lopes Bandeira comunicou que o cliente busca reduzir ainda mais a pena. Ela contesta o fato de um “moedor de carne” apontado como objeto que matou Carlos Eduardo, não estar entre as provas.

Já os advogados de Lúcio Munhoz afirmaram que devem primeiro consultar o cliente sobre como será realizada uma eventual tentativa de redução na pena.

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