A gaúcha Janaína Ribeiro, 46 anos, foi condenada nesta semana a 16 anos de prisão pela Justiça de Santa Catarina. Ela está presa desde o dia 29 de março de 2022, acusada de ser a mandante da morte do advogado Carlos Eduardo Martins Lima, à época com 31 anos. O assassinato aconteceu no dia 2 de março, em Florianópolis.
Janaína estava na capital catarinense passando o carnaval ao lado do ex-noivo em Jurerê Internacional. Outras pessoas também acompanharam a dupla durante a estadia. Mais dois suspeitos presos há dois anos acabaram condenados pela Justiça. Lúcio Munhoz da Silva, foi sentenciado a 16 anos, enquanto Alan Voltz Machado, recebeu a pena de 12 anos.
A pena de Alan foi inferior aos outros dois réus pelo fato do júri ter entendido que ele deferiu golpes em Carlos Eduardo sob “violenta emoção”, já que teve a vida da filha ameaçada pelo advogado. Alan e Lúcio trabalhavam como seguranças do gaúcho, conhecido pelo apelido de “show man”, devido à vida de ostentação nas redes sociais.
O crime
Carlos Eduardo foi encontrado morto no bairro Rio Vermelho, próximo à praia dos Ingleses. Advogado criminalista, ele morava e atuava no município de Gravataí, na região metropolitana.
Conforme a Polícia Civil, o criminalista estava passando o feriadão de carnaval na capital catarinense e se hospedou em até quatro locais diferentes, todos no norte da ilha. Por último, o advogado estava em um apartamento na praia da Barra da Lagoa com a ex-noiva, Janaína Ribeiro, e outros conhecidos da dupla.
O carro da vítima, uma BMW branca, foi localizado no mesmo bairro em que estava o corpo. O delegado Enio de Oliveira, titular da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, disse que foi possível verificar marcas de sangue no veículo.
De acordo com as investigações, os Alan e Lúcio teriam auxiliado na dinâmica do crime, planejado por Janaína. Carlos Eduardo teria saído para comprar cocaína e foi morto em uma emboscada, sendo agredido e torturado segundo laudos da autópsia do corpo.
Defesas
A defesa de Janaína afirmou que respeita a decisão da Justiça, mas irá recorrer. O advogado Douglas Virgínio da Rocha afirmou que a cliente era constantemente agredida por Carlos Eduardo. Ele ainda reitera que a ex-noiva trabalhava como cabeleira, não tendo condições de pagar os R$ 50 mil pelo crime, como foi dito julgamento.
Quem também deve recorrer da sentença é Alan Voltz, a advogada Luiza Lopes Bandeira comunicou que o cliente busca reduzir ainda mais a pena. Ela contesta o fato de um “moedor de carne” apontado como objeto que matou Carlos Eduardo, não estar entre as provas.
Já os advogados de Lúcio Munhoz afirmaram que devem primeiro consultar o cliente sobre como será realizada uma eventual tentativa de redução na pena.
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