CENÁRIO DE GUERRA

Veja como ficou o interior da casa onde houve o ataque a tiros em Novo Hamburgo

Residência do bairro Ouro Branco, onde Edson Fernando Crippa permaneceu trocando tiros com a polícia por cerca de nove horas, ficou tomada por marcas de tiros

Publicado em: 25/10/2024 18:05
Última atualização: 25/10/2024 18:06

A casa do casal de idosos Eugênio Crippa, de 74 anos, e Cléris Crippa, 69, foi o cenário de um intenso ataque a tiros em Novo Hamburgo entre a noite de terça (22) e a manhã de quarta-feira (23). O tiroteio, provocado pelo próprio filho, Edson Fernando Crippa, 45, que morava no local, terminou com cinco mortos — entre eles, Eugênio e o próprio atirador — e sete feridos — incluindo Cléris.


Perícia trabalha no local onde ocorreu ataque a tiros Foto: Laura Rolim/GES-Especial

A residência da família, onde Edson permaneceu trocando tiros com a polícia por cerca de nove horas, ficou tomada por marcas de tiros. Imagens feitas pela Polícia Civil mostram como ficou o interior da casa, que fica na Rua Adolfo Jaeger, no bairro hamburguense Ouro Branco.

Interior da casa onde estava atirador ficou com diversas marcas de tiroPolícia Civil
Interior da casa onde estava atirador ficou com diversas marcas de tiroPolícia Civil

Além da troca de tiros, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou a utilizar, em três momentos, uma técnica de guerra para conseguir neutralizar o atirador, que permaneceu todo o tempo dentro de casa. Usando a saturação de fogo, os policiais criaram um volume intenso de fogo em uma área específica, usando armas com disparos de várias unidades.

Casa de vizinhos também foram alvejadas.

Vítimas

No local do crime, morreram: o policial militar Everton Raniere Kirsch Júnior, 31, o irmão do atirador, Everton Luciano Crippa, 47, o pai dele e o próprio autor dos disparos. Na tarde de quinta-feira (24), foi confirmada também a morte cerebral do também policial militar Rodrigo Weber Volz, de 31 anos.

Até esta sexta-feira (25), cinco vítimas seguiam internadas. São elas:

- João Paulo Farias, 26, policial militar: segue na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Novo Hamburgo em estado grave, mas estável e reagindo ao tratamento;
- Joseane Muller, 38, policial militar: foi transferida do hospital hamburguense ao Hospital da Brigada Militar, em Porto Alegre, no começo da tarde de quarta. Conforme o FSNH, ela estava bem. A casa de saúde da capital não forneceu novas informações sobre o caso;
- Volmir de Souza, 54, guarda municipal: foi transferido na manhã de quarta para o Hospital Unimed. Segundo a irmã, Sandra de Souza, 57, ele segue na UTI, mas estável;
- Cléris Crippa, 69, mãe do atirador: após passar por cirurgia na quarta, estava estável, lúcida e comunicativa na UTI do Hospital Centenário, em São Leopoldo;
- Priscila Martins, 49, cunhada do atirador: após passar por cirurgia na quarta, estava estável, lúcida e comunicativa na UTI do Hospital Centenário.

Além deles, foram atingidos, mas já tiveram alta hospitalar os policiais militares Leonardo Valadão Alves, 26, que levou um tiro de raspão no supercílio, e Eduardo de Brida Geiger, 32, atingido no tornozelo.

O tenente-coronel Santos Rocha, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), foi atingido por estilhaços na cabeça, mas não chegou a procurar atendimento médico em Novo Hamburgo.

*Colaboraram: Juliano Piasentin e Kassiane Michel

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Matérias Relacionadas