O caso da universitária Samanta Goulart Ludwig, de 24 anos, que foi baleada em um assalto na RS-239, na noite do dia 2 de setembro deste ano, entra em uma nova etapa a partir do início de 2025. Está marcado para o dia 9 de janeiro a primeira audiência judicial sobre o caso. O processo contra os dois homens suspeitos da tentativa de latrocínio tramita na 2ª Vara Criminal da Comarca de Novo Hamburgo, e está sob a titularidade do juiz Guilherme Machado da Silva.
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Nesta audiência, que está prevista para iniciar às 15 horas, o magistrado pretende ouvir a vítima e testemunhas de acusação e defesa, além dos réus. O juiz já requisitou que a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) apresente ambos no Fórum de Novo Hamburgo neste dia. Os suspeitos foram presos preventivamente nos dias 6 e 9 de setembro em Campo Bom.
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Com o primeiro preso, 30 anos, a Polícia apreendeu pistolas, fuzis, submetralhadora, muita munição, coletes balísticos, granadas, vestimentas das forças de segurança, entre outros itens relacionados ao crime organizado. As armas apreendidas são periciadas para verificar se alguma delas foi usada no assalto a universitária. O segundo preso, 26 anos, estava com a motocicleta Yamaha Fazer vermelha roubada de Samanta. A moto já estava sendo desmontada e estava escondida em meio a um matagal, onde estava tapada por vegetação quando o veículo foi localizado.
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Outra novidade relacionada ao caso se deve ao fato de que a vítima, que concluiu o curso de Direito neste mês, irá atuar como assistente de acusação na companhia do padrinho, o advogado Edegar Argolo. Samanta e o dindo estarão ao lado do Ministério Público para tentar convencer o juiz a condenar os réus pela tentativa de latrocínio.
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Essa será a primeira vez que Samanta estará frente a frente com os homens que tentaram lhe matar para roubar sua moto. “Neste primeiro encontro que teremos após o fato, é o que chamamos de audiência de instrução, quando o juiz ouve as partes, e quando os acusados são interrogados. É a fase anterior ao resultado final do processo”, explica Samanta, que correu o risco de não se formar em 2024 por ter sido baleada no assalto. Apesar do período hospitalizada, a universitária conseguiu recuperar o tempo perdido e apresentou o trabalho de conclusão (TCC) recentemente, sendo aprovada.
Sua formatura no curso de Direito será dia 18 de janeiro, na Feevale. “Graças a Deus, sobrevivi ao ataque covarde, recuperei os movimentos das pernas e ainda consegui concluir a graduação”, conta.
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