Duas adolescentes, moradoras de São Leopoldo, ficaram feridas após caírem de um brinquedo do Park Tupã, em Porto Alegre, na tarde do último domingo (6). Uma delas, de 17 anos, segue internada no Hospital Unimed, em Novo Hamburgo, e precisará passar por uma cirurgia. A segunda vítima, de 16 anos, foi atendida no Hospital de Pronto Socorro da capital e foi liberada. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Segundo o delegado Vinicius Nahan, titular da 2ª Delegacia de Polícia da capital, a jovem de 17 anos fraturou duas vértebras e a canela. “Nós já ouvimos essa adolescente no hospital. A outra, será ouvida hoje”, disse na manhã desta quinta-feira (10). Além das vítimas, a Polícia também tem o relato de um dos sócios do parque.
“Esse brinquedo foi adquirido, não é novo. Foi fabricado em 2001. O parque adquiriu ele há mais ou menos dois anos. Ele passou por manutenção na própria fábrica, em São Paulo, em julho deste ano e foi liberado”, afirma o delegado. Desde então, o brinquedo, que possui cadeiras e vira de cabeça para baixo, começou a ser usado.
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Trava de segurança falhou 15 dias antes
Há duas semanas, segundo a Polícia, ele já havia apresentado uma falha. “A trava de segurança abriu durante o funcionamento. Só que naquela ocasião o operador foi avisado pelas pessoas e desligou o brinquedo antes dele pegar velocidade e entrar em pleno funcionamento.”
No último domingo, a trava de segurança dos dois bancos onde estavam as adolescentes abriu e elas caíram quando o brinquedo estava em funcionamento. Um vídeo gravado por um jovem mostra o momento em que as pessoas são surpreendidas pelo acidente e uma delas comenta: “Caiu uma guria”.
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Conforme a Polícia, o brinquedo só liga quando as travas de segurança de todos os bancos estão fechadas. Depois de fechada a trava de cada cadeira, não é possível que ela seja aberta por nenhum usuário do brinquedo nem de forma manual. Já o operador, quando libera as travas, todas abrem ao mesmo tempo. No caso deste fim de semana, somente as travas dos bancos onde estavam as adolescentes se abriram. “A gente já descartou a hipótese de alguém ter apertado”, destaca Nahan.
O delegado acredita que “houve uma falha específica daqueles dois bancos”. Para esclarecer o que aconteceu, o brinquedo passou por análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Agora, a Polícia aguarda o laudo do IGP sobre a mecânica do funcionamento para entender o que provocou a falha. A investigação busca compreender “se é uma falha mecânica ou falha de manutenção”. O operador do brinquedo e os proprietários do parque poderão ser responsabilizados pelo crime de lesão corporal.
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A reportagem tentou falar com os responsáveis pelo Park Tupã, mas os telefones disponíveis nas redes sociais não funcionaram. O espaço segue aberto para manifestação.
Vídeo mostra o momento em que adolescentes caem do equipamento do parque de diversão
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