Desespero é a palavra que define o sentimento dos familiares da diarista leopoldense Maria Lúcia Cavalheiro dos Santos. Aos 35 anos, a moradora do bairro Feitoria desapareceu na madrugada do dia 7
de novembro de 2022 e foi encontrada morta nove dias depois, no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo. Um ano após o ocorrido, os familiares ainda não obtiveram respostas quanto à causa de sua morte.
A prima da falecida, Ana Cláudia Cavalheiro Santos, 26, atendente comercial, reclama que,desde
aquela época, mantém contato direto com a Delegacia de Polícia de Homicídios de Novo Hamburgo (DHPP), porém, continua sem nenhuma explicação. “Foi o ano inteiro mandando mensagem. Dizem que
não tem como saber quem foi ou como foi porque não tem o laudo, mas já faz um ano!”
Procurada pela reportagem, a DHPP com a qual Ana manteve contato alegou que o laudo está em elaboração no Instituto Geral de Perícias (IGP). “Como é órgão autônomo, não possuímos ingerência sobre o tempo de confecção do documento. Já ligamos diversas vezes, bem como já enviamos e-mail solicitando”, explicou.
O IGP, por meio de sua comunicação, afirma que solicitou as perícias de necrópsia e toxicológicas. “O toxicológico deu negativo, a necropsia não teve como definir a causa da morte, mas a legista não identificou sinais de violência (como marcas de tiro, por exemplo)”, informou. O Instituto Geral de Perícias esclareceu, ainda, que a causa da morte não pôde ser definida devido ao estado de decomposição do cadáver.
Laudo quase pronto
Mesmo com as conclusões, o IGP não disponibilizou o laudo pericial à DHPP de Novo Hamburgo. Questionado, o Instituto explicou, através de sua assessoria de comunicação, que o laudo ainda não foi disponibilizado para as autoridades policiais porque o documento ainda não está devidamente assinado. “O IGP ainda aguardava resultados dos exames para poder assinar e disponibilizar no sistema. Esse processo será finalizado o mais rápido possível”, garantiu.
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