BRUTALIDADE
"Triste demais ver meu filho morrer assim": Pai presenciou filho ser raptado e torturado por seis homens
Maurício Maciel Popioeck, de 26 anos, foi arrebatado da casa do pai no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, na última sexta-feira (13)
Última atualização: 15/12/2024 14:41
O pai de Maurício Maciel Popioeck, o homem de 26 anos que morreu após ser sequestrado e torturado por, pelo menos, seis criminosos, presenciou o ataque brutal sofrido pelo filho na madrugada da última sexta-feira (13), na Rua Uruguai, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo.
O idoso, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que o filho chegou à sua residência por volta das 2 horas da madrugada e pediu para dormir ali. Logo após sua chegada, seis homens invadiram a casa e raptaram Popioeck. Eles estavam em dois carros, ambos na cor prata. “Nunca vi alguém apanhar tanto como bateram no meu filho, na minha frente. Triste demais ver meu filho morrer assim”, lamentou o pai.
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O idoso relatou que teve o celular confiscado pelos suspeitos, para que não acionasse ajuda. “Eles batiam no Maurício e perguntavam sobre uma moto preta, mas o meu filho garantiu não ter mexido em nenhuma moto preta. Eu acredito que ele não tenha feito nada”, afirmou.
Após ser espancado com pedaços de pau, chutes e socos, Maurício foi levado pelos suspeitos em um dos veículos. Cerca de uma hora depois, eles retornaram e o deixaram em frente à residência do pai. “Quando despejaram o meu filho aqui na frente, continuaram batendo nele. Fui em direção aos caras e pedi para que batessem em mim e que parassem com essa covardia”, relatou.
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Antes de fugirem, os criminosos devolveram o celular ao idoso, sem qualquer dano. “O Maurício não aguentava parar de pé, se deitou aqui e começou a pedir água e dizer que não havia roubado nenhuma moto”, disse o pai.
Marcas de enforcamento e braço quebrado em quatro partes
O pai revelou que o filho ficou cerca de uma hora em poder dos criminosos. “Quando trouxeram ele de volta, estava com marcas de enforcamento e com o braço direito quebrado em quatro partes”, detalhou.
Segundo ele, após ser retirado à força de casa, seu filho foi levado até a Vila Kipling, também no bairro Canudos, onde os agressores continuaram a sessão de tortura enquanto questionavam sobre a suposta moto preta.
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Depois de ser libertado, a própria família levou Popioeck à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Canudos. Na manhã de sexta-feira, ele foi transferido ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo. No hospital, sofreu uma parada cardíaca, foi reanimado e precisou ser sedado e entubado antes de passar por uma cirurgia de urgência. Em decorrência das lesões, Maurício apresentou hemorragia interna.
Na manhã de sábado (14), a equipe médica confirmou que ele estava com morte cerebral. Mais tarde, por volta das 15h, foi declarado o óbito.