abc+

MASSACRE NO VALE DO SINOS

"Trágico episódio": Lula fala sobre tiroteio em Novo Hamburgo e critica "distribuição indiscriminada de armamentos"

Atirador era caminhoneiro e possuía pelo menos quatro armas em seu nome. Homem tinha histórico de esquizofrenia e ao menos quatro internações por conta do problema psiquiátrico

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 23/10/2024 às 15h:20 Última atualização: 23/10/2024 às 16h:08
Publicidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, no início da tarde desta quarta-feira (23), o tiroteio em Novo Hamburgo que causou a morte de três homens e do atirador, além de ter deixado outras nove pessoas feridas. As vítimas são policiais e familiares do agressor, identificado como Edson Fernando Crippa, 45 anos. 

Peritos trabalham no local onde ocorreu o ataque a tiros em Novo Hamburgo | abc+



Peritos trabalham no local onde ocorreu o ataque a tiros em Novo Hamburgo

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

O caso teve início no fim da noite de terça-feira (22), quando, na casa dos pais, Edson teria tido um surto psicótico. O pai, morto pelo filho durante o ataque, ligou para a Brigada Militar (BM), que quando chegou no local encontrou duas pessoas baleadas na calçada. A troca de tiros entre o criminoso e os policiais seguiu durante toda a madrugada, até o início desta manhã, quando a polícia informou que entrou na casa e encontrou o homem sem vida

LEIA MAIS: Abate de drones, estoque de munição e bebida isotônica: O que se sabe sobre ataque a tiros em Novo Hamburgo

O cerco policial na Rua Adolfo Jaeger no bairro Rio Branco, durou quase 10 horas. Após o fim da operação, 300 munições não deflagradas foram encontradas na casa.

O atirador era caminhoneiro e possuía pelo menos quatro armas em seu nome. Ele também tinha histórico de esquizofrenia, assim como pai dele, tendo ao menos quatro internações por conta do problema psiquiátrico. A polícia ainda destacou que Edson sabia atirar muito bem e chegou a abater dois drones da BM.

VEJA TAMBÉM: VÍDEO: Grande quantidade de munições é recolhida em frente a casas onde aconteceu ataque a tiros em Novo Hamburgo

“Isso não pode ser normalizado: a distribuição indiscriminada de armamentos na sociedade, com grande parte deles caindo nas mãos do crime, é inaceitável”, escreveu o presidente em uma publicação no X (antigo Twitter).

“Estendo minha solidariedade aos familiares das vítimas, incluindo a do policial militar Everton Kirsch Júnior, e a toda a comunidade afetada”, concluiu Lula.

Vítimas

Entre as pessoas que perderam a vida estão o pai e o irmão do atirador, Eugenio Crippa, 74, e Everton Luciano Crippa, 49, respectivamente; e o policial militar Everton Raniere Kirsch Júnior, 31. A mãe, Cleris Crippa, 69, e a cunhada do criminoso, Priscila Martins, 41, foram feridas e levadas a hospital, passaram por cirurgia e o estado de saúde era considerado grave.

MASSACRE EM NH: Vizinho descreve comportamento do atirador antes de ataque em Novo Hamburgo

Dois policiais militares, 26 e 31 anos, também estavam internados em estado grave até esta tarde. Uma mulher, de 38 anos, foi transferida ao Hospital da Brigada Militar, em Porto Alegre, e um guarda municipal, 54, atingido no tiroteio, foi transferido a outro hospital da cidade.

Um dos feridos foi um policial militar do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O tenente-coronel Santos Rocha, comandante do Bope, foi atingido por estilhaços na cabeça. No entanto, ele não precisou de atendimento. Outros feridos foram atendidos e liberados. 

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade