SUSPEITO DE ESTELIONATO
"Tinha a expertise da parte digital": Chefe de Polícia do RS fala sobre prisão de sócio de Nego Di; veja vídeo
Anderson Boneti estava sozinho e não resistiu à prisão. Ele estava foragido e usava um carro alugado
Última atualização: 23/07/2024 09:55
Horas após o sócio do influenciador Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, ser preso em um hotel de Bombinhas, em Santa Catarina, a Polícia Civil fez uma coletiva de imprensa para falar sobre os crimes praticados pela dupla em 2022.
Na manhã desta terça-feira (23), o delegado Fernando Sodré, Chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, explicou que Anderson Boneti estava sozinho e não resistiu à prisão. Ele estava foragido e usava um carro alugado.
"Anderson Boneti era a pessoa que tinha o conhecimento e que tinha a expertise da parte digital, de montagem de site e acompanhamento disso. O Dilson Alves era o 'front man', a pessoa que aparecia e chamava as pessoas a realizarem as compras no site", diz o Chefe de Polícia.
O inquérito da Polícia Civil é sobre os golpes com a loja virtual "Tadizuera", que ficou no ar por quatro meses e lesou ao menos 370 pessoas que compraram produtos e não receberam. Na Justiça, tramitam processos contra Boneti, que teria realizado o furto digital de R$ 30 milhões de uma empresa conhecida do RS. Conforme Sodré, ele teria invadido o site e subtraído os valores.
Veja o vídeo
O sócio de Nego Di estava foragido. O influenciador foi preso no dia 14, também em SC. As ordens de prisão preventiva foram expedidas pelo judiciário no último dia 12. O ex-BBB já teve três habeas corpus negados pela Justiça.
Boneti foi trazido ao RS e foi encaminhado ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), em Porto Alegre.
O espaço está aberto para posicionamento da defesa.
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Nova invetigação do MP
No último dia 12, Nego Di e a esposa, também influenciadora, Gabriela Sousa, foram alvos de uma operação do Ministério Público do RS (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O casal é suspeito de lavar cerca de R$ 2 milhões após a promoção de rifas virtuais e possíveis fraudes nas redes sociais.
Agentes do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão em um imóvel do casal, em Santa Catarina.
Conforme o MPRS, Nego Di e Gabriela teriam promovido rifas ilegais, com premiações em dinheiro e bens de alto valor. No entanto, os prêmios não teriam sido entregues às vítimas. Durante as buscas, dois veículos de luxos, que pertencem aos influenciadores. Outro objeto apreendido foi uma arma de uso restrito das Forças Armadas, com munição e sem registro.
O MPRS comunicou que Gabriela foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Gabriela foi solta após o pagamento de R$ 14 mil de fiança.