Em meio a dor da perda precoce e inesperada, a família de Rodrigo Weber Volz, de 31 anos, anunciou na noite desta quinta-feira (24) que os órgãos do soldado da Brigada Militar, morto pelo atirador em Novo Hamburgo, foram doados.
O comunicado foi feito pelas redes sociais. “Hoje, tu reforça teu papel de grande herói da sociedade! Mesmo ao deixar sua vida neste plano, estará salvando a vida de outras 4 pessoas”, escreveu Maico Volz, primo da vítima e que também é policial militar e presidente estadual da Associação Beneficente “Antônio Mendes Filho” dos Servidores Nível Médio da Brigada Militar e Corpo de Bombeiros Militar do RS (ABAMF-RS).
Leia mais: PREVISÃO DO TEMPO: Ciclone se afasta mas ainda há risco de ventos fortes no RS; veja o que esperar
A publicação feita pelo primo mostra a conversa pelo WhatsApp com o Hospital Santa Casa, de Porto Alegre. “Maico, as equipes transplantadoras acabaram de sair da Santa Casa! Fizemos uma mobilização muito grande para que o Rodrigo pudesse se tornar um doador de órgão e continuar seu legado”, avisa a casa de saúde. O presidente da ABAMF-RS questiona: “Conseguiram pessoas compatíveis?”
A resposta do hospital foi emocionante. “Com amor e carinho, informamos que a esperança de 4 receptores juntamente com suas famílias e amigos será renovada”. Com a notícia, o parente enlutado homenageou o primo e o parabenizou pelo seu último ato.
Veja também: Marido é condenado pelo assassinato da esposa catequista em Estância Velha
“Hoje, nossa família e amigos choram tua precoce partida, e neste mesmo dia, tu está dando oportunidade de outras 4 pessoas e seus familiares voltarem a sorrir, com amor e esperança!Parabéns meu eterno “Digo”. Teu coração bondoso seguirá batendo”, finaliza a postagem de Maico.
A morte de Rodrigo foi confirmada no começo da tarde desta quinta, após morte cerebral ser constatada pela equipe médica. Ele estava internado na UTI do Hospital Municipal de Novo Hamburgo. O colega de farda e amigo, o soldado Everton Raniere Kirsch Júnior, 31, também foi baleado por Edson Crippa, 45, e morreu. Ele foi sepultado na manhã desta quinta no Cemitério Jardim da Memória.
A despedida do soldado será nesta sexta-feira (25) em Canoas. O velório está previsto para começar as 10 horas na Sala 6 do Cemitério São Vicente e o sepultamento será as 17 horas no mesmo local.
Outras vítimas
Ao todo, o atirador atingiu 12 pessoas. O pai dele, Eugênio Crippa, 74, e o irmão, Everton Luciano Crippa, 47, também morreram. O atirador foi encontrado morto dentro da casa da família após 9 horas de duração da ocorrência que teve intensa troca de tiros e assustou moradores da cidade.
Um policial militar de 26 anos ainda segue internado em estado grave no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. O guarda municipal que também foi baleado por Edson segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Unimed e seu quadro de saúde é considerado estável.
A mãe do atirador, Cléris Crippa, 69, e a cunhada dele, Priscila Martins, 49, também foram atingidas e estão na UTI do Hospital Centenário, em São Leopoldo. Ambas seguem estáveis.
LEIA TAMBÉM