Canoas colecionou casos estarrecedores nesta semana. Se na quinta (26) foi descoberto o maior armazenador de pornografia infantil já encontrado no Rio Grande do Sul, com 200 mil imagens de recém-nascidos, bebês e crianças vítimas do crime, nesta sexta (27) veio à tona a violência de cuidadoras de idosos dentro de uma casa geriátrica.
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Foto: Polícia Civil
Nesta manhã, duas mulheres de 40 e 44 anos foram presas em flagrante por tortura contra as vítimas dentro de uma casa geriátrica do bairro Rio Branco, que acabou sendo interditada após ação conjunta entre Polícia Civil, Ministério Público, Vigilância Sanitária e a Secretaria Municipal de Assistência Social.
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A reportagem teve acesso a 18 minutos de áudios, divididos em duas partes, que revelam a conduta violenta das suspeitas com as vítimas. Ao prestar atendimento a um idoso, uma das mulheres faz diversos tipos de ameaças, como amarrar as mãos e pernas da vítima, além de dizer que o amordaçaria.
Em determinado momento, enquanto a vítima gemia e pedia para que a cuidadora parasse com o tratamento, ela responde: “Não adianta gemer, não adianta dormir, aqui ninguém dá bola”.
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Ao fundo, a outra diz coisas como: “Eu vou me enfurecer, vou dar nele até dizer chega” e “‘Tô’ perdendo a minha paciência com esse velho, vou matar esse velho”.
Durante uma conversa entre uma das mulheres e o idoso, a suspeita intensifica as ameaças. “Não adianta ‘tu’ me incomodar, que daqui ‘tu’ não vai sair, só se tu morrer. Ai a funerária vai buscar. Só se ‘tu’ morrer, a funerária busca. Mas tirando isso, daqui tu não sai. Te boto em um caixão e a funerária busca”, repete.
Durante ação desta sexta, uma das idosas teve que ser conduzida às pressas para atendimento médico, visto que estava gravemente ferida em função de agressões de cabeça contra a parede.
Ao todo, oito idosos foram resgatados do local e realocados para outros abrigos da cidade. Eles pagavam R$ 2 mil para estarem na casa geriátrica.
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Conforme o delegado Maurício Barison, da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente de Canoas, os próprios familiares foram buscar algumas das vítimas. No entanto, o número não é revelado.
A profissão das presas em flagrante também não é divulgada. A proprietária do estabelecimento e o marido de uma das cuidadoras estão sendo investigados pela participação ou omissão nos crimes. Segundo o delegado, eles serão ouvidos no decorrer da investigação.
*Colaborou: Leandro Domingos
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