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JUSTIÇA

CASO DO FOTÓGRAFO MORTO: Suspeita de cúmplice na morte do fotógrafo Gustavo Gargioni encara o tribunal do júri em Canoas

Julgamento de Paula Caroline Ferreira Rodrigues começou na manhã desta sexta-feira

Publicado em: 15/12/2023 às 10h:46 Última atualização: 15/12/2023 às 11h:34
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Teve início, na manhã desta sexta-feira (15), no tribunal do júri da 1ª vara crime de Canoas, o julgamento de Paula Caroline Ferreira Rodrigues, acusada de levar o fotógrafo Gustavo Bertuol Gargioni para a emboscada que acabou com a morte do fotógrafo em 2015. Houve um forte esquema de segurança para garantir a chegada da ré.

Julgamento de Paula Caroline Ferreira Rodrigues começou na manhã desta sexta-feira



Julgamento de Paula Caroline Ferreira Rodrigues começou na manhã desta sexta-feira

Foto: Leandro Domingos/GES-Especial

O jovem, então com 22 anos, foi dado como desaparecido no dia 28 de julho daquele ano. Acabou sendo encontrado morto na Prainha do Paquetá, após ser torturado e executado com 19 tiros por Juliano Biron, então na época pela polícia como sendo o amante de Paula Caroline.

No inquérito da Polícia Civil, estão mais de 300 horas de imagens, gravadas por 80 câmeras de segurança, que foram analisadas pelos investigadores. Conforme o delegado responsável pelo caso, Marco Antônio Guns, o crime foi meticulosamente planejado.

“O Biron planejou o crime e a Paula serviu de isca, atraindo o Gustavo para a armadilha”, defende.

O assassinato foi cometido por ciúmes, aponta o inquérito. Embora um homem casado, Biron não aceitava que Paula Caroline estivesse com mais alguém. Premeditou o crime a ponto de mandar comprar o Kia Soul que seria usado para emboscar o fotógrafo.

O indiciamento de Juliano Biron e Paula Caroline pela morte do jovem fotógrafo aconteceu em novembro de 2015. Os dois suspeitos acabaram sendo capturados em Balneário Camboriú, Santa Catarina, quando já estavam fuga.

Juliano Biron foi condenado a 20 anos e oito meses de prisão pelo crime de homicídio, durante Tribunal do Júri, organizado no dia 4 de fevereiro de 2020, em Canoas.

O réu recebeu pena de 19 anos e seis meses por homicídio qualificado (meio cruel, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima) somada a um ano e dois meses por ocultação de cadáver.
Paula deveria ter sido julgada na época, mas não compareceu por problema de saúde. A acusada estava em liberdade provisória desde outubro de 2018, mas acabou tendo a prisão decretada no dia 20 de outubro.

Conforme a Justiça, Paula vinha tentando postergar o julgamento, alegando problemas de saúde, na tentativa de se manter longe da prisão. Ela acabou sendo levada à cadeia novamente no dia 20 de novembro, a pedido do Judiciário.

Segundo a defesa de Paula, o julgamento deve ser “longo”, tendo em vista que serão necessárias pausas, já que a ré está grávida de cinco meses, condição que não permitira um rito de horas como é comum neste tipo de processo.

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